2009
DOI: 10.1590/s0103-73072009000300003
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Geografia: o olhar e a imagem pictórica

Abstract: Resumo: Este artigo objetiva apresentar, de forma introdutória, a possibilidade e a necessidade de diálogo entre a linguagem pictórica e o discurso científico da Geografia. Para tal, apresenta alguns elementos do alfabeto das pinturas de imagens a partir tanto da semiótica quanto da gestalt, analisadas por Fayga Ostrower e Donis Dondis. O exercício interpretativo dá-se a partir do conceito de paisagem aplicado sobre as imagens elaboradas artisticamente por grandes pintores da humanidade, contextualizando-as a … Show more

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“…As fronteiras estão expostas em linhas esboçadas, em que cada figura ali pintada está em conflito com as outras demais, num conjunto tenso de cores, luzes, sombras e formas não definidas em sua totalidade. Expressando nessa composição imagética os entre-lugares (FERRAZ, 2009), ou seja, os polimorfismos (as várias formas) da fronteira, não só a política administrativa, a que fixa e divide duas porções territoriais, mas a que coloca frente a frente os diversos: as fronteiras culturais internas a uma mesma extensão territorial de um Estado-Nação; as fronteiras entre os que usufruem das riquezas e dos que lutam para sobreviver; as fronteiras entre os que disputam as migalhas de uma vida dura e injusta, os que são marginalizados, negados e esquecidos; as fronteiras entre gêneros, como a quase ausência da figura feminina no mural tende a nos afetar etc.…”
Section: Imagem I -Polimorfia Fronteiriçaunclassified
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“…As fronteiras estão expostas em linhas esboçadas, em que cada figura ali pintada está em conflito com as outras demais, num conjunto tenso de cores, luzes, sombras e formas não definidas em sua totalidade. Expressando nessa composição imagética os entre-lugares (FERRAZ, 2009), ou seja, os polimorfismos (as várias formas) da fronteira, não só a política administrativa, a que fixa e divide duas porções territoriais, mas a que coloca frente a frente os diversos: as fronteiras culturais internas a uma mesma extensão territorial de um Estado-Nação; as fronteiras entre os que usufruem das riquezas e dos que lutam para sobreviver; as fronteiras entre os que disputam as migalhas de uma vida dura e injusta, os que são marginalizados, negados e esquecidos; as fronteiras entre gêneros, como a quase ausência da figura feminina no mural tende a nos afetar etc.…”
Section: Imagem I -Polimorfia Fronteiriçaunclassified
“…Dessa forma, não vemos ali na pintura a imagem definida e nítida de índios sendo massacrados, nem a reprodução exata da luta de posseiros contra grandes latifundiários, nem a recognição precisa da derrubada de matas para plantio da erva-mate ou criação extensiva de gado etc., mas o conjunto e a distribuição das figuras, pela composição e tensão entre as cores, pelo jogo de luzes e sombras, assim como desfiguração e deforma-Daltro Jr. só se realiza com nossa participação na criação de sentidos do que ali se apresenta, na interação entre o figurado em sua área pictórica com o que está fora desse limite. O mural acaba sendo um agenciador de corpos e enunciados, sendo um corpo de vetores de vários fenômenos em suas diferentes escalas de manifestação territorial e temporal (FERRAZ, 2009).…”
Section: Imagem I -Polimorfia Fronteiriçaunclassified
“…The imagination surpasses reality, it sees the invisible, it goes to the bottom of things... the image can only be captured in the measure that it has its entire being in the imagination (CHIAPETTI; GRATÃO, 2010). Now, if an image is the result of the eye of the person who creates it, imagines it and its meaning is a consequence of the interpretation given by the viewer, observer or the spectator, then the pictorial-poetic image of the Das Contas River is a result of our way of looking at the river and according to Ferraz (2009), it is this look of the observer/creator that interests [Humanist] Geography. On the humanist perspective of Geography, Chiapetti and Gratão (2010) write that it is a science that has the possibility of meeting with art, through its categories of analysis, contained in their poetry or in any type of artistic representation, such as an image, for example.…”
Section: The Poetry Of the Das Contas River: From The Chapada Diamantmentioning
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“…Já o mapa desdobrado da obra de Daltro Jr. só se realiza com nossa participação na criação de sentidos do que ali se apresenta, na interação entre o figurado em sua área pictórica com o que está fora desse limite. O mural acaba sendo um agenciador de corpos e enunciados, sendo um corpo de vetores de vários fenômenos em suas diferentes escalas de manifestação territorial e temporal (FERRAZ, 2009). …”
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