Este artigo apresenta os resultados da investigação do documentário “Ditadura Reservada” que exibe memórias de sujeitos militantes do comunismo em Joinville – SC durante o regime militar, que completou seu cinquentenário em 2014. Elegeu-se objetivo do trabalho buscar possíveis leituras daquilo que o documentário nos mostra, especificamente, sobre o modo como ultrapassa a proposta informativa para a dimensão estética e cinematográfica. A composição metodológica foi pautada nas discussões de Vygotsky acerca da estética e nos princípios do paradigma indiciário de Carlos Ginzburg. A partir da leitura de pistas e sinais encontrados nos detalhes do filme e com o olhar aportado na Psicologia Social, como pesquisadores/espectadores da obra, é que constituiu-se nossa análise. Assim, afirma-se que as minúcias das cenas compõem a dimensão estética da obra, que por sua vez, não se esgota no relato verbal.