Apesar existência de cooperativas de catadores atuando em diversos pontos das cidades, alguns catadores preferem atuar de forma isolada, fazendo o recolhimento dos resíduos sólidos urbanos como forma de sobrevivência nas ruas. No presente artigo, busca-se compreender porque alguns catadores de materiais recicláveis preferem atuar informalmente, fora das cooperativas. Com isso, analisa-se o perfil dos indivíduos investigados, a sua a atuação no contexto das ruas e os elementos que levam a esse desinteresse em criar vínculos com as cooperativas e associações de reciclagem. O texto discute se esse fenômeno se constitui em uma opção ou uma resistência contra as cooperativas, além de apontar desafios e perspectivas dessa escolha. Por fim, são discutidos o papel da sociedade civil, do Estado, dos atores de mercado e do próprio movimento de catadores frente a essa realidade de atuação independente nas ruas.