“…Entretanto, a despeito de todas as problemáticas envolvidas ao tomar a maternidade como um conceito único e romantizado, no contexto da luta dessas mães é este conceito de maternidade -catalisado pelo amor de mãe -que define um espaço e um poder à mulher. O lugar materno não é, nesse sentido, desprovido de poder (Freitas, 2002), pelo contrário, é justamente o lugar materno que garante a essas mulheres a dimensão política de sua luta. O movimento realizado pelas mães ao saírem de suas casas e se fazerem sujeitos políticos visíveis para a sociedade é o de transformar a imagem de mãe sofredora na imagem de "mãe que luta" (que não exclui a primeira), mãe corajosa que enfrenta a polícia (Freitas, 2002) e não tem medo do Estado que mata seus filhos.…”