“…O fato de não ser (não se permitir ser) afetado pelo outro (o que nomeiam como desafeto) pode conduzir à depressão, bem como a outros transtornos psíquicos. Ao abordar a questão do alheamento em relação ao outro, Costa (Betto; Barba & Costa, 1997) mostra-nos como esta concerne à desqualificação do sujeito como ser moral traduzida numa atitude de distanciamento, diferindo do ódio, da rivalidade ou do temor, os quais implicam, por sua vez, numa sensação de ameaça (ante o outro) de privação de algo 4 O outro ou o Outro apresentar-se-ão em momentos distintos no decorrer do texto, sendo que o uso do minúsculo poderá referir-se àquilo que é diferente do eu, do mim, do mesmo, podendo ser qualquer outro, enquanto o maiúsculo terá tanto o sentido de ênfase à dimensão da alteridade, como será colocado quando, a partir da ética radical levinasiana(Lévinas, 1980;Freire, 2001;, disser respeito àquilo que não seja outro homem, mas algo que remete à ideia de infinito.…”