1998
DOI: 10.1590/s0103-65641998000200010
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A mascarada e a feminilidade

Abstract: Marcada por produções freudianas, a literatura analítica e, mais especificamente, aquela influenciada pelo ensino lacaniano, não pára de mostrar que as considerações anatômicas não são índices para falar da diferença de identidade sexual entre homens e mulheres. Diante do fato de que características masculinas continuavam presentes em mulheres adultas normais, Freud responde que ser mulher é ser mãe. A vacilação da verdade desta equação pode ser observada nas situações mais diversas nas quais podemos nos defro… Show more

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“…Uma vez que a mulher é não-toda submetida à castração, não há um significante que represente o feminino enquanto tal. Uma das maneiras de abordarmos a formulação lacaniana de que a "mulher não existe", de acordo com Grant (1998), é supor que "a feminilidade é da ordem do uso de uma máscara, máscara de aparência feminina" (Grant, 1998: 255). Supomos que, por efeito de estrutura, este lugar do feminino permanece vazio e precisa ser recoberto por semblantes, por máscaras de aparência feminina, pois, mais além da máscara, resta o nada.…”
Section: • 135 O Feminimo a Literatura E A Sexuaçãounclassified
“…Uma vez que a mulher é não-toda submetida à castração, não há um significante que represente o feminino enquanto tal. Uma das maneiras de abordarmos a formulação lacaniana de que a "mulher não existe", de acordo com Grant (1998), é supor que "a feminilidade é da ordem do uso de uma máscara, máscara de aparência feminina" (Grant, 1998: 255). Supomos que, por efeito de estrutura, este lugar do feminino permanece vazio e precisa ser recoberto por semblantes, por máscaras de aparência feminina, pois, mais além da máscara, resta o nada.…”
Section: • 135 O Feminimo a Literatura E A Sexuaçãounclassified
“…Apesar da divisão entre ser homem ou mulher ir além de proposições anatômicas relacionadas a ter ou não um pênis, como defendido por Grant (1998), escolhe-se aqui trabalhar com a feminilidade do lado da figura anatômica comumente designada às mulheres, ressaltando a necessidade de realizar recortes para trabalho.…”
Section: Introductionunclassified
“…Pelas palavras de Grant (1998), a menina que na relação pré-edípica assume posição de falo (objeto de desejo) para a figura materna, como o menino, deve desprender-se da mãe para tomar o pai como objeto de amor. Esta mudança de objeto, da mãe para o pai, implica então em deixar de ser o falo materno para não ter o falo, "caminho por excelência para a feminilidade" (Grant, 1998, p.249).…”
Section: Tornar-se Mulherunclassified
“…Uma das maneiras de entender esta afirmação é que o lugar de representação do feminino é do vazio e da invenção. Algumas vezes, segundo Grant (1998), depara-se com verdadeiros vazios, mas é possível encontrar máscaras que os recobrem.…”
Section: Tornar-se Mulherunclassified