RESUMOO presente artigo teve como objetivo geral investigar a percepção dos prestadores de serviços imobiliários do município de Garibaldi, RS quanto à formação de redes de cooperação. Os fatores teóricos que fazem com que as organizações se unam em forma de redes são as constantes mudanças ocorridas no cenário competitivo em que estão inseridas, que causam ameaças, mas também estimulam novos arranjos entre empresas. Através das redes de cooperação, as empresas poderiam aumentar seu desempenho, oferecer soluções coletivas e destacar-se dos concorrentes. Na pesquisa qualitativa realizada através de entrevista semiestruturada, foi possível confirmar a existência de uma rede de cooperação atuante no município, formalmente constituída, com a cultura do compartilhamento de informações e experiências, porém com autonomia de execução entre os membros. As entrevistas foram conduzidas no período de dois meses, onde foram entrevistados cinco prestadores de serviços imobiliários, buscando-se mensurar a aderência dos fatores ao referencial bibliográfico estudado com as respostas vivenciadas pelos atores que integram a rede de cooperação constituída. A partir do comparativo de respostas e bibliografia entendeu-se a veracidade da rede de cooperação como instrumento de competitividade e de transferência de conhecimentos e que a partir disso as organizações podem preservar seu espaço no mercado.Palavras-chave: Competitividade. Redes de cooperação. Coopetição.
INTRODUÇÃOA dinâmica competitiva nas últimas décadas trouxe mudanças significativas nas relações entre as empresas, exigindo interdependência crescente. Os níveis de competitividade e a capacidade de prosperar, exigem adaptações que extrapolam as fronteiras das competências internas e passam a explorar também novos modelos de relações desenvolvidas externamente entre clientes, fornecedores, parceiros, distribuidores e até mesmo, concorrentes.A reorganização das cadeias produtivas e a construção de alianças entre empresas são a resposta à demanda por melhor alocação de recursos, maior flexibilidade e agilidade necessárias para atingir novos patamares da competitividade. Estes laços implicam no compartilhamento de competências, de infraestrutura comum e de investimentos em inovação (KLOTZLE, 2002).Uma das estratégias para elevar o desempenho das empresas e torna-las competitivas é a rede de cooperação, que proporciona vantagens que não seriam alcançadas facilmente de forma isolada. As redes de cooperação, segundo Balestrin e Verschoore (2008), são formações por grupos de empresas que estão relacionadas entre si, com objetivos comuns, porém sem prazo de existência pré-determinado, mantendo assim, a individualidade e dividindo ganhos alcançados coletivamente.Estes vínculos de relacionamentos entre as empresas têm evoluído no entendimento de criar maior proximidade por meio de mecanismos de cooperação, transferência de conhecimentos e complementariedade.Entretanto, diversos empecilhos surgem e evitam muitas vezes o estabelecimento de tais vínculos. A maior parte dessas barreira...