Origens dos empresários da indústria de máquinas e equipamentos em São Paulo, 1870-1900

Abstract

O objetivo específico deste artigo é identificar as origens dos empresários, como nacionalidade e gênese do capital para o início da atividade, na indústria de máquinas e equipamentos em São Paulo, e a evolução do setor no período de 1870 a 1900. Tentamos identificar os empreendimentos na indústria e sua relação com o comércio importador e exportador, com os fazendeiros de produtos para exportação (principalmente o café), com os imigrantes comerciantes e com os que possuíam algum conhecimento técnico.

As restrições históricas ao fordismo no desenvolvimento desigual e combinado entre manufatura e sistema de máquinas do setor metalmecânico brasileiro (1920-2015)

“…Entre as décadas de 1940 e 1950, com a consolidação da manufatura, a indústria metalomecânica passa a produzir consistentemente máquinas--ferramentas. A produção de tornos mecânicos no país passou de 46 unidades, em 1941, para 857 em 1950 (Marson, 2012). Esse processo representou um avanço técnico destacável, uma vez que já se encontravam, nos anos de 1960, máquinas-ferramentas em todas as fases do processo de usinagem, como serras, plainas, fresadoras, máquinas para engrenagens e os próprios tornos (CEPAL, 1962).…”

Economia e administração: ligação para o desenvolvimento

“…Entender as sinergias coletivas geradas nestes locais aumenta as chances de sobrevivência e Para Marshall (1996) a aglomeração de produtores em determinado território baseia-se na obtenção de vantagens econômicas e as causas para a concentração está na existência de condições naturais propícias a determinada atividade econômica, como a disponibilidade de insumos e matérias-primas, além da existência de demanda na região. , 2019).…”

“…Desde Alfred Marshall, a noção de eficiência coletiva está associada à de externalidades. O autor passou a destacar em seus estudos os efeitos positivos das aglomerações produtivas, ao entender que todas as atividades tendem a se beneficiar com a presença da vizinhança(MARSHALL, 1996).Para Schmitz e Nadvi (1999), aglomerações produtivas locais podem ser definidas como uma centralização espacial de firmas. Ultrapassando esse conceito é possível amplia-lo e incorporar outros elementos associados a relação intra-aglomeração e ao ambiente institucional voltado para dar suporte ao desenvolvimento da aglomeração(CROCCO et al, 2006).…”

As maiores firmas industriais de Rio Claro-SP na primeira metade do século XX (1918-1945)

“…O pioneiro trabalhode Prado Junior (1969) já apontava a presença dos imigrantes como empresários no estado de São Paulo, e este fenômeno foi analisado de maneira local e setorial por outros autores(Bresser-Pereira, 1964;Camillo, 1998;Barbosa, 2006; Bassanezi, 2009;Brandão, 2015;Lanza;Lamounier, 2014;Marson, 2012).…”