“…Comparando com o que se assistiu nessa espécie de trabalho historiográfico, os trabalhos com enfoques epistemológico, metodológico e, especialmente, clínico sobre a relação entre os dois autores ainda se mostram, porém, incipientes. Noutros termos, o que resta não é mais comprovar a influência de Darwin sobre Freud -seja mediante um resgate do contexto histórico "darwiniano" (Ritvo, 1992;Sulloway, 1992), seja por meio das próprias referências de Freud a Darwin (Assoun, 1996;Ferretti & Loffredo, 2013) -, mas, sim, investigar em que medida se pode dizer que os dois se serviram de modelos explicativos, teorias da prova ou atitudes epistemológicas da mesma estirpe. Carência ainda maior é constatada no que diz respeito à investigação das implicações clínicas do posicionamento epistemológico evidenciado pelo criador da psicanálise.…”