Sobre Superexploração E Capitalismo Dependente

Abstract

Este artigo é uma crítica às teses que sustentam que Marx não teria deixado dúvidas de que a força de trabalho de nosso tempo é paga por seu valor, o que exigiria abandonar a categoria de superexploração. Aqui, procuramos mostrar que a violação do valor da força de trabalho é um problema inscrito na teoria marxista e presente em O Capital. Por outro lado, argumentamos sobre a relevância da noção de capitalismo dependente e seu significado para entender as particularidades desse capitalismo, que o separa das trajetórias e objetivos do capitalismo desenvolvido.

Efficiency Analysis in Brazil’s Sao Paulo State Local Unified Health System (SUS): From Gender-Ethnicity-Power Inequities to the Dissolution of Health Effectiveness

“…According to Fontes [ 42 ], “the flight forward through State indebtedness, on a delusional scale, means the commitment of the States themselves in a direct manner, with the exacerbation of the future extraction of value”. Thus, if currently the premature exhaustion of the workforce does not imply a decrease in the average life expectancy, the quality of life and health has dropped considerably, as well as the full consumption capacity, generating situations of social vulnerability [ 14 ]. Our results embrace this concept, as we have noted that the highest average results in life expectancy occur exactly in the most unequal localities, along with high levels of social vulnerability.…”

“…In the perspective of understanding how inequities germinate in the Brazilian socioenvironmental space, and that of the state of Sao Paulo, we start out from its socioeconomic background, which is marked by a dependent model of capitalism. Some of its characteristics are the distancing of the internal productive structure from the workers’ collective needs, the workforce overexploitation and the premature wearing out of workers, with low wages and local taxes that are more advantageous to central economies [ 14 ].…”

Epidemiologia e emancipação humana: uma revisita aos princípios da justiça

“…Considerando a maioria dos estudos com origem na América Latina, é fundamental que a noção de capitalismo dependente seja ressaltada, pois explica a subsoberania e a superexploração imposta aos trabalhadores, quando não a expropriação de todas as formas de existência, até mesmo de nossa subjetividade 25 .…”

“…Devemos entender que a democracia é a forma política do capitalismo, responsável por abstrações e seletividades próprias, como nos lembra Chasin 26 . Assim, na democracia "não se entra ou se sai por inteiro" 26 (25) , ela deve servir apenas como mediação à emancipação humana.…”

“…Nessas dimensões, as questões postas são de produção ou trabalho e consumo, identidade, empoderamento, organização social e relação com a natureza. Ao mesmo tempo, são identificados modelos de desenvolvimento nocivos, com a flexibilização do trabalho e o estabelecimento de relações sucursais, na perspectiva do capitalismo dependente e de suas graves repercussões socioambientais 11, 25 .…”