“…Estas motivações se materializam nas redes sociais, pequenos sistemas dinâmicos que funcionam como reguladores de acordos entre indivíduos e grupos, em nome da solidariedade (Harvey et al, 2014). O paradigma utilitarista individualista, predominante na perspectiva das network analysis, seria insuficiente para compreender esses sistemas, já que os entende como formas de mobilização de recursos e informações em torno de objetivos estratégicos e interessados (Martins, 2010). Isto porque o sentido utilitarista de rede circunscreve a ação humana a partir de mecanismos de causalidades de ação, ancorando a moral dos comportamentos no cálculo e no interesse, sem ter "uma compreensão mais solidária, generosa e humanista do fenômeno" (Martins, 2010, p. 404).…”