Olhares da recepção, a crítica cinematográfica em dois tempos

Abstract

Com base em proposições da teoria da recepção, no campo da sociologia da cultura, o artigo discute o papel da crítica cinematográfica a partir de duas posições: a que defende o "cinema de autor" e a que se enquadra em um suposto "fim" da função crítica. O persistente debate a opor cinema (requintado) de arte ou de autor ao (fácil) industrial e massivo parece tão antigo quanto o próprio cinema e acaba por reduzi-lo à mera oposição "arte versus indústria". Essa, por sua vez, parece ainda hoje um argumento medular no campo da crítica. A complexificação do pensar cinematográfico e artístico implica um deslocamento de sua recepção e, por conseguinte, de sua sociologia. Nesse sentido, pretende-se debater as possíveis relocalizações de conceitos, como os que circunscrevem o cinema em termos de "alto" versus "baixo" e "educado" versus "vulgar". PALAVRAS-CHAVE: crítica cinematográfica, sociologia da cultura, teoria da recepção.

O RIO CAPITAL IMAGINADO PELA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA: os casos de Rio Fantasia e Rio, 40 graus

“…Para uma análise do conceito, ver Gonçalves, Marques e Cardoso, (2012).18 Ver:Altmann (2008Altmann ( , 2016.…”