2015
DOI: 10.1590/s0103-40142015008500010
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Precariedade ocupacional: uma questão de gênero e raça

Abstract: Introduçãoproblema da desigualdade de gênero e da discriminação racial muitas vezes é desconsiderado em análises que examinam os fatores responsá-veis pelo quadro conjuntural do mercado de trabalho nacional. Aliás, é comum encontrar análises conjunturais que ignoram algumas características constitutivas do mercado de trabalho. Entretanto, os riscos diante do desemprego ou as possibilidades de combater a informalidade estão diretamente relacionados com o perfil da força de trabalho.Em 2015, à medida que a reces… Show more

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“…Na amostra estudada, os pretos e pardos compuseram um total de 40% dos trabalhadores notificados com LER/DORT. O adoecimento dessa população, pode ser explicado por estudo que abordou a precariedade ocupacional como uma questão de gênero e raça, constatando, em análise de microdados da PNAD, que a população preta (negros, pardos e indígenas) representa quase dois terços dos trabalhadores submetidos a trabalhos sem remuneração, trabalho com remuneração menor que um salário mínimo e trabalho com rendimento entre um a dois salários mínimos, resultados do processo de segregação social que impactam na inserção ao mercado de trabalho(PRONI; GOMES, 2015). Ainda, no Brasil o nível de escolaridade da população autodeclarada como preta ou parda é cerca de dois anos a menor quando comparada a população autodeclarada branca (IBGE, 2018).…”
Section: Resultsunclassified
“…Na amostra estudada, os pretos e pardos compuseram um total de 40% dos trabalhadores notificados com LER/DORT. O adoecimento dessa população, pode ser explicado por estudo que abordou a precariedade ocupacional como uma questão de gênero e raça, constatando, em análise de microdados da PNAD, que a população preta (negros, pardos e indígenas) representa quase dois terços dos trabalhadores submetidos a trabalhos sem remuneração, trabalho com remuneração menor que um salário mínimo e trabalho com rendimento entre um a dois salários mínimos, resultados do processo de segregação social que impactam na inserção ao mercado de trabalho(PRONI; GOMES, 2015). Ainda, no Brasil o nível de escolaridade da população autodeclarada como preta ou parda é cerca de dois anos a menor quando comparada a população autodeclarada branca (IBGE, 2018).…”
Section: Resultsunclassified
“…E, em 2010, a taxa de desemprego total dos trabalhadores negros mantinha-se superior à dos não negros (13,8% contra 10,2%), mas a taxa para mulheres negras era o dobro da taxa para homens não negros (16,8% contra 8,1%). Outro elemento revelador é a proporção de ocupados em "situações de trabalho vulneráveis" 11 , que é bem maior entre os negros do que entre os não negros, sendo particularmente elevada entre as mulheres negras (PRONI;GOMES, 2015, p. 137).…”
Section: Assistencialização Conservadora E Criminalização Da Pobreza:unclassified
“…Na conjuntura do trabalho, o preconceito com mulheres, assim como com pessoas negras, é presente, o que acarreta maior dificuldade na inserção no mercado de trabalho, assim como na remuneração (Proni et al, 2015). Estudo realizado por Coelho et al (2016, p. 7) constatou que "a feminização do trabalho veio acompanhada pelo subemprego da mulher no mercado de trabalho", o que reforça a desigualdade, a vulnerabilidade e a precariedade que se expõe, experienciando diversos riscos e danos no corpo e em sua saúde, o que sinaliza a necessidade de ações em saúde por profissionais habilitados.…”
Section: Introductionunclassified
“…A discriminação ainda está presente, ocorrendo vagas apenas para o sexo masculino, e outras restrições, como questões de idade e cor, e os grupos mais vulneráveis acabam oscilando no ciclo econômico, através de empregos informais e trabalho braçal. Para Proni et al (2015), apesar das diversas ações e penalidades legais impostas aos vários tipos de discriminação, o tratamento desigual continua, uma vez que se disseminaram formas de encobrir a discriminação na sociedade brasileira. Nesse sentido, no que se refere à renda, observa-se acentuada superioridade entre os homens em comparação com mulheres, uma vez que há maior participação masculina no emprego com vínculo formal, enquanto as mulheres ocupam a maior proporção no trabalho doméstico informal (Proni et al, 2015).…”
Section: Introductionunclassified