“…É necessário observar que a lógica de conflito estabelecida pelo clã também tem o objetivo de definir as plataformas digitais dos próprios políticos como únicas fontes confiáveis para se obter informação sobre as ações do governo. Assim, a concepção de que a imprensa brasileira historicamente tenha desempenhado a mediação entre o governo e os cidadãos através da cobertura política, assim como a ideia de uma imprensa cujo funcionamento fortaleceria sistema democrático (BUCCI, 2009) Esta construção narrativa de guerra à imprensa é adotada pelos quatro políticos com frequência em suas manifestações públicas e, especialmente, a partir da apropriação do Twitter e de suas possibilidades de linguagem e interação. Nesse sentido, é oportuno voltar à concepção de Gomes (2014, p. 19) quando ele sugere que o uso das redes sociais da internet é uma forma de dar amplitude a determinado tema: "As redes sociais digitais não apenas capturam, agregam e condensam os temas sociais, como também são meios de amplificação das questões, isto é, meio de aumentar-lhes eco, intensidade e volume".…”