2007
DOI: 10.1590/s0103-40142007000300004
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

O trabalho da Inteligência no controle do Crime Organizado

Guaracy Mingardi

Abstract: A Inteligência Criminal é essencial para conter o Crime Organizado. Porém, a experiência brasileira nessa área até agora não se mostrou frutífera. A trajetória do PCC, que culminou no confronto de maio de 2006, mostra que os órgãos de Inteligência falharam na apreciação do risco, ou foram mal utilizados pelos governantes.

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
1
0
19

Year Published

2010
2010
2021
2021

Publication Types

Select...
7
1
1

Relationship

0
9

Authors

Journals

citations
Cited by 31 publications
(20 citation statements)
references
References 0 publications
0
1
0
19
Order By: Relevance
“…Enxergar o PCC sob o prisma do "crime organizado" nos levaria a atribuir--lhe uma estrutura e um modo de funcionamento condizente com as características que dão sentido a esse conceito (hierarquia, previsão de lucros, divisão do trabalho, planejamento empresarial, simbiose com o Estado, conforme Mingardi 2007). Nos levaria, ainda, a considerá-lo como um "Estado paralelo" ou uma "empresa capitalista".…”
Section: Políticas Prisioneirasunclassified
“…Enxergar o PCC sob o prisma do "crime organizado" nos levaria a atribuir--lhe uma estrutura e um modo de funcionamento condizente com as características que dão sentido a esse conceito (hierarquia, previsão de lucros, divisão do trabalho, planejamento empresarial, simbiose com o Estado, conforme Mingardi 2007). Nos levaria, ainda, a considerá-lo como um "Estado paralelo" ou uma "empresa capitalista".…”
Section: Políticas Prisioneirasunclassified
“…A corrupção e intimidação de empregados do Estado é um ponto nodal da sobrevivência da atividade ilegal. Mingardi (1998), ao debruçar-se sobre este assunto, não acredita que o crime organizado seja um "Estado paralelo", mas encontra-se associado e convivente com o "Estado oficial", não conseguindo se sustentar sem a cooperação e conivência dos representantes estatais. Seguindo esta lógica, infere-se que A relação promiscua entre os aparelhos do Estado e o crime organizado, e entre os agentes repressores do Estado e o tráfico de entorpecentes, pode ser constatada na soltura de detentos e na cobrança mensal realizada por policiais nas 'bocas' para permitirem a permanência do ponto de distribuição (FEFFERMANN , 2006, p. 45). Sobre esta discussão, a autora apresenta dois valores presentes nas relações interpessoais e comerciais que auxiliam a manutenção desta atividade ilícita para evitar a repressão do Estado e se proteger dos competidores presentes no mercado ilegal.…”
Section: Primeiros Apontamentos Sobre As Drogasunclassified
“…Este podendo ser entendido como o ato ilícito e clandestino praticado por um grupo de sujeitos, sendo este formado por uma hierarquia própria, na qual a violência e intimidação se fazem presentes no seu cotidiano a fim de garantir o silêncio e dominar o território de seu interesse, contando, claro, com a proteção de setores do Estado e lançar mão de um sistema clientelista (MINGARDI, 1998).…”
Section: No Caso Da Relação Traficantes Versus Competidores E Traficaunclassified
“…No desenvolvimento da argumentação, o autor define três distintas modalidades de crime organizado: a tradicional, a empresarial e a endógena. enfim, entende que os grupos originários da cadeia, como o PCC, estão gradativamente adquirindo as características do modelo tradicional(Mingardi 2007). 42 Para paralelos entre a Máfia italiana -e até a Al qaeda -e o PCC basta uma breve consulta aos textos do especialista em crime organizado Walter Fanganiello Maierovitch, fundador e coordenador de pesquisas do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais Giovanni Falcone (ver <http: / / www.ibgf.…”
unclassified