“…Nesse ínterim, há uma razão estrutural, econômica, para a limitação do potencial político e engajamento crítico com a mediação da internet e dos SRS. Assim como ocorreu com o desenvolvimento tecnológico e uso do rádio, que tinha potencial técnico no seu início para a comunicação crítica e emancipatória, para ser mais do que um aparelho comercial de distribuição de informação (Brecht, 2007), o potencial interativo e revolucionário da internet se choca com as relações de produção; relações de produção, com seu aspecto jurídico, que são as relações de propriedade (Marx, 2008), que limitam o potencial tecnológico da internet para a comunicação interativa, incorporando a tecnologia como mais uma peça da engrenagem do capital. De outra maneira, há um controle dos processos interativos pelo capital, o que potencializa o uso comercial da informação, sua utilização hegemônica como forma mercadoria, e são estabelecidos limites aos processos interativos com potenciais realmente transformadores.…”