2001
DOI: 10.1590/s0103-40142001000300020
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Espaço e tempo na agroindústria canavieira de Pernambuco

Abstract: URANTE VÁRIAS décadas, até meados do século XX, quando foi suplantado por São Paulo, Pernambuco foi o principal produtor nacional de açúcar. Até então, seus concorrentes mais importantes-Bahia e Rio de Janeiro-não conseguiram ultrapassá-lo. Entretanto, logo após foi suplantado por Alagoas, e continuou perdendo importância, na última década do século XX, como pode ser observado pelo quadro 1.

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“…Este detinha não só o controlo sobre a terra, como sobre a totalidade das condições de produção. Em geral, os proprietários desses engenhos eram sesmeiros ligados aos donatários das capitanias e recebiam o financiamento de comerciantes europeus (Diégues Júnior 1959;Andrade 2001). Primeiro com mão-de-obra escrava trazida de África e depois assalariada, as plantações de cana-de-açúcar tornaram-se estruturantes do sistema económico, social e político de Pernambuco tal como Gilberto Freyre descreveu no seu ensaio clássico Casa Grande & Senzala (2001).…”
Section: Contents | íNdiceunclassified
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“…Este detinha não só o controlo sobre a terra, como sobre a totalidade das condições de produção. Em geral, os proprietários desses engenhos eram sesmeiros ligados aos donatários das capitanias e recebiam o financiamento de comerciantes europeus (Diégues Júnior 1959;Andrade 2001). Primeiro com mão-de-obra escrava trazida de África e depois assalariada, as plantações de cana-de-açúcar tornaram-se estruturantes do sistema económico, social e político de Pernambuco tal como Gilberto Freyre descreveu no seu ensaio clássico Casa Grande & Senzala (2001).…”
Section: Contents | íNdiceunclassified
“…Tal como acontece noutras regiões de monocultura, os senhores-de-engenho detinham a propriedade de terra mesmo nos períodos em que a economia açucareira entrava em declínio e a produção era diminuta. Nestes casos, sobretudo quando a terra passava a ser usada para a criação de gado -que necessitava comparativamente de muito menos mão-de-obra do que a cana-de-açúcar -a situação acabava por implicar a dispensa de largos contingentes de trabalhadores (Andrade 2001). Por sua vez, esta dinâmica de ocupação e povoamento da terra provocava uma alternância com os períodos de maior produção de cana em que se expulsavam mais moradores do seu sítio e havia maior controlo da posse da terra por parte dos proprietários latifundiários.…”
Section: Conclusãounclassified
“…The institutional context described so far could not been occurred without a major technological breakthrough of this industry. Since its beginning the sugarcane agro-industry, today, sugar-energy, has gone through several evolutions since the sugar mills were implemented to the modern plants of PROÁLCOOL (Carvalho, 2001, Andrade, 2001.…”
Section: From Sugar-alcohol To Sugar-energy Industry: Latest Coevolutmentioning
confidence: 99%
“…Os elementos caracterizadores dessa exploração agrícola foram: o latifúndio (grande propriedade rural onde era cultivada a cana-de-açúcar e onde estava instalado o Engenho -unidade responsável pela fabricação do açúcar); o trabalho escravo; e a monocultura (FURTADO, 1974). Esta sociedade estava estruturada em classes rígidas, assim descritas: os donos de engenho, grandes comerciantes e os altos funcionários reais que detinham o poder econômico/político; a classe média formada por prestadores de serviços; a classe baixa, constituída por pessoas pobres e que também prestavam serviços; e os escravos (ANDRADE, 2001). Esta caracterização polarizada em termos de classes marcou a história cultural do Brasil, sendo ainda hoje uma marca entre aqueles que detêm o poder econômico/político dos que não o detêm.…”
Section: Introductionunclassified