1995
DOI: 10.1590/s0103-40141995000100017
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Patologia e regras metodológicas

Abstract: A METODOLOGIA DAS ciências sociais apresenta algumas dificuldades que não são exclusivas de determinadas correntes, mas estão presentes em todas elas, sejam analíticas, hermenêuticas ou dialéticas. Estas patologias metodológicas são o ecletismo,o reducionismo e o dualismo. Uma solução para tais dificuldades será a adoção ao pluralismo metodológico. Max Weber tornou-se o ancestral clássico desta posição ao situar a investigação científica das ações humanas entre o positivismo e o historicismo do seu tempo, crit… Show more

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“…O intento é mostrar pontos semelhantes, aproximáveis, relacionáveis. Não é a pretensão confundir ou justapor aspectos teóricos e metodológicos distintos das duas abordagens, de modo a buscar evitar a deficiência teórico-metodológica do ecletismo (OLIVEIRA FILHO, 1995).…”
Section: Introductionunclassified
“…O intento é mostrar pontos semelhantes, aproximáveis, relacionáveis. Não é a pretensão confundir ou justapor aspectos teóricos e metodológicos distintos das duas abordagens, de modo a buscar evitar a deficiência teórico-metodológica do ecletismo (OLIVEIRA FILHO, 1995).…”
Section: Introductionunclassified
“…Isso não significa submeter a geografia a qualquer conceito de outras disciplinas e muito menos a métodos e propósitos que não os seus, mesmo porque a geografia realiza uma síntese das regiões e não das ciências. Assim, essa interdisciplinaridade deve se dar de forma consciente e crítica e não de forma radical e generalizada, pois isso levaria a uma "não-geografia" e a uma "posição perigosa" para esta ciência (BEAUJEU-GARNIER, 1971, p. 10), bem como a patologias epistemológicas, como o ecletismo (OLIVEIRA FILHO, 1995).Ao apontar essas considerações, não queremos desconsiderar a ecologia; aliás, ela é necessária e sempre esteve em profundo contato com a geografia, vez que essas duas ciências sempre caminharam juntas. Na primeira edição do Observando-se a história da evolução da ciência moderna, percebe-se que a geografia é a única ciência de cunho ambientalista lato sensu desde a sua origem, sendo que as outras são mais específicas no tratamento da referida temática.…”
unclassified
“…Isso não significa submeter a geografia a qualquer conceito de outras disciplinas e muito menos a métodos e propósitos que não os seus, mesmo porque a geografia realiza uma síntese das regiões e não das ciências. Assim, essa interdisciplinaridade deve se dar de forma consciente e crítica e não de forma radical e generalizada, pois isso levaria a uma "não-geografia" e a uma "posição perigosa" para esta ciência (BEAUJEU-GARNIER, 1971, p. 10), bem como a patologias epistemológicas, como o ecletismo (OLIVEIRA FILHO, 1995).…”
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“…O método, entendido como o instrumento intelectual que orienta a forma de pensar na relação sujeito-objeto, não tem contornos precisos e não se conforma a limites projetados(SPOSITO, 2020, 24), assim como as teorias que não se caracterizam por constructos rígidos e impenetráveis. Portanto, a construção de um sistema de pensamento adequado à especificidade do objeto a ser analisado emerge de diálogos conscientes entre teoria e método, e também por meio do estranhamento e alienação 35 entre o sujeito e a coisa que se torna objeto, que, quando isolada no plano abstrato, torna-se passível de ser investigada.Considerando também que os objetos de pesquisa são muitas vezes fluídos, dinâmicos e estão em constante transformação, concordamos que a construção teórico-metodológica só se pode construir durante a pesquisa(MORIN, 2005 apud ALVES, 2008, entendida como um "percurso global do espírito que exige ser reinventado para cada trabalho"(QUIVY & CAMPENHOUT, 1992, 14).Uma dificuldade frequente dos campos científicos que lidam com a complexidade do real é encontrar e adequar um método de análise(ALVES, 2008), fazendo necessário sustentar por vezes o denominado pluralismo metodológico(FILHO, 1995), por meio da incorporação crítica de novos contributos teóricos e intenso diálogo entre abordagens e perspectivas de análise, fazendo fluir a criação científica, pautada no direito à divergência e originalidade, pois monolitismo "reproduz ciências oficiais, sempre medíocres, porque não chamadas a criar, mas a bajular"(DEMO, 1995, 52). Além disso, ciência não é neutra e, portanto, o pesquisador tampouco deve ser, tornando-se primordial evidenciar seu posicionamento epistemológico e ideológico, que é atravessado pelo seu lugar de fala e sua experiência no mundo.Segundo Sposito (2001), a despeito dos debates de método intrínsecos às ciências humanas e sociais, a geografia contemporânea é atravessada por temas que se constituem, articulados às aberturas teóricas, como verdadeiros paradigmas.…”
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