1992
DOI: 10.1590/s0103-40141992000300004
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O imaginário dos navegantes portugueses dos séculos 15 e 16

Abstract: O imaginário dos navegantes portugueses dos séculos 15 e 16 LUÍS ADÃO DA FONSECA Q ue significa, para o homem medieval, o maravilhoso, oucomo ele dizia-os mirabilia? Aos olhos do homem contemporâneo, o maravilhoso é visto como um atributo: reporta-se às qualidades referenciáveis a alguém ou a alguma coisa pela sua capacidade de provocar a admiração; e o fantástico, num sentido mais estritamente psicológico, como resultado da representação imaginária da realidade ausente. No entanto, para o homem medieval, a pe… Show more

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“…3) "A morte dos jovens" (estrofes 11, 12, 13, 14); 4) "A tormenta" (estrofes 16,17,18,19 É interessante notar que, nessa estrofe, o verso nove traz, pela primeira vez, a palavra "mar", confirmando a percepção de leitura por meio de outros cenários anteriores que foram alinhados a essa simbologia, por exemplo, o uso da palavra "nau" nos versos 1 e 2, que cria as cenas do início da travessia marítima de Mem de Sá. Nota-se que os vocábulos "mar", "amargo" e "agruras" formam um anagrama para a palavra "amargura", assim "a água dos olhos seus ao mar se enlaça" é imagem poética que pontua a fusão entre a tristeza de Mem de Sá e a água marítima, representação de sua aventura de Parti do Reinno no fim dabril de mil quinhentos cinquoenta e sete e por os tenpos serem contrários andei oito meses no maar e fuj as ylhas do cabo verde do principe e Santome aonde adoeceram casi toda a gente e morrerão corenta e duas peças de trezentas e trinta e sejs que vinhão naa nao os quais continuadamente provi e mandei prouer de guallinhas e do mais necessário em abastança que foi a causa depois de deus de se saluarem muitas.…”
Section: Men De Sá Em Crônica Trovada: O Herói Contrariadounclassified
“…3) "A morte dos jovens" (estrofes 11, 12, 13, 14); 4) "A tormenta" (estrofes 16,17,18,19 É interessante notar que, nessa estrofe, o verso nove traz, pela primeira vez, a palavra "mar", confirmando a percepção de leitura por meio de outros cenários anteriores que foram alinhados a essa simbologia, por exemplo, o uso da palavra "nau" nos versos 1 e 2, que cria as cenas do início da travessia marítima de Mem de Sá. Nota-se que os vocábulos "mar", "amargo" e "agruras" formam um anagrama para a palavra "amargura", assim "a água dos olhos seus ao mar se enlaça" é imagem poética que pontua a fusão entre a tristeza de Mem de Sá e a água marítima, representação de sua aventura de Parti do Reinno no fim dabril de mil quinhentos cinquoenta e sete e por os tenpos serem contrários andei oito meses no maar e fuj as ylhas do cabo verde do principe e Santome aonde adoeceram casi toda a gente e morrerão corenta e duas peças de trezentas e trinta e sejs que vinhão naa nao os quais continuadamente provi e mandei prouer de guallinhas e do mais necessário em abastança que foi a causa depois de deus de se saluarem muitas.…”
Section: Men De Sá Em Crônica Trovada: O Herói Contrariadounclassified