A concentração fundiária, as injustiças no campo e a luta pelo direito à terra, tem marcado ao longo dos séculos a vida de muitas famílias rurais. Assim, existência de políticas públicas que possibilitem a essa população, “invisível” ao latifúndio, o acesso à terra é essencial como meio de diminuir a desigualdade social e a miséria presentes no campo. O objetivo do estudo foi conhecer as condições socioeconômicas e a qualidade de vida em que vivem as famílias assentadas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) no assentamento Rancho Alegre, em Candeias do Jamari, RO. O levantamento de dados foi realizado por meio da aplicação de questionário socioeconômico, semiestruturado, aplicado a 30 famílias, no mês de outubro de 2021 e fevereiro de 2022. Nas condições observadas, o assentamento Rancho Alegre não conta com sistema de saneamento básico. A maioria das famílias apontou como grande problema do assentamento a ausência de uma unidade escolar, bem como postos de saúde, dificultando seu bem-estar. Em relação à infraestrutura dos lotes, as casas em sua maioria são de madeira, coberta com telha de amianto e todas possuem acesso à energia elétrica. Em relação à produção, as hortaliças são os principais produtos produzidos. Todos os lotes receberam assistência técnica nos primeiros 5 anos, fornecido pelo PNCF.