Arte engajada e transformação social: Hélio Oiticica e a exposição Nova Objetividade Brasileira

Abstract

O artigo pretende analisar os objetivos e a repercussão de uma das mais importantes exposições de vanguarda ocorridas na década de 1960: a Nova Objetividade Brasileira, montada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Realizada um ano antes da promulgação do AI-5, a exposição demonstra a vitalidade do debate em curso sobre a possibilidade de criação "uma cultura tipicamente brasileira, com características e personalidade próprias".

"A partilha do sensível" : arte e vida nos encontros de arte moderna e nos domingos de criação

“…Ali definiu-se como nova objetividade brasileira as experiências que estavam preocupadas com a tomada de posições políticas, a superação do quadro de cavalete e a participação corporal, tátil e visual do espectador. Mas foi apenas no ano seguinte com a exposição Nova Objetividade Brasileira realizada no 3 Textos como "Notas para uma teoria da arte empenhada", de José Guilherme Merquior; "Cultura posta em questão", de Ferreira Gullar; "Notas sobre vanguarda e conformismo", de Roberto Schwartz, são citados por Paulo Reis (2006), além do Anteprojeto do Manifesto do CPC, redigido por Carlos Estevan Martins e citado por Couto (2012). Estes textos questionavam a validade da vanguarda no que se refere a seu propósito político de instrumentalização do público.…”

“…Assim, tantoCouto (2012) quantoReis (2006) apontam vários eventos que foram, em alguma medida, representativos das mudanças pela qual o campo da arte passava naquele momento. A primeira exposição neste sentido foi Opinião 65.…”