2007
DOI: 10.1590/s0103-20702007000100007
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Gerações pioneiras na sociologia paulista (1934-1969)

Abstract: This article examines lines of research and works consolidated during the period when the social sciences were being institutionalized in São Paulo, basing its interpretation on the social and political ties established between agents (individuals, groups and institutions) involved in this process, both inside and outside the intellectual field being formed. As part of this examination, the analysis focuses on a number of careers, looking to bring to light the meanings that guided social practices in this cont… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1

Citation Types

0
0
0
19

Year Published

2010
2010
2019
2019

Publication Types

Select...
5
2

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 21 publications
(19 citation statements)
references
References 1 publication
(1 reference statement)
0
0
0
19
Order By: Relevance
“…Tal visão humanística do trabalho intelectual seria "importada" para o campo acadêmico, a partir de meados da década de 1930, e iria ajustarse progressivamente a princípios de organização e de avaliação do trabalho e a valores propriamente acadêmicos, formando uma espécie de campo acadêmico-intelectual, próprio da área da filosofia e das ciências humanas (ARRUDA, 1995;MICELI, 2001;PEIXOTO, 2001;JACKSON, 2007a;2007b). Sendo a autonomização de um campo acadêmico uma condição necessária para o surgimento de um campo de Ciência Política relativamente autônomo e, com ele, de uma forma mais profissionalizada, especializada e mesmo científica de estudo de temas políticos, do ponto de vista da formação de um campo específico de Ciência Política, acreditamos que essa visão da ciência política tenha contribuído em pelo menos duas frentes: 1) instituindo uma forte tradição de pensamento e reflexão política, que se transfere ao campo acadêmico e estimula a formação de novas posições acadêmico-intelectuais especialmente interessadas em temas políticos; 2) a problemática do Estado-nação, forte entre 1930 e 1950, colocaria o "Estado" no centro das atenções do pensamento político brasileiro, abrindo caminho para o estatismo, manifestado em posições como os marxismos gramsciano e estruturalista (FORJAZ, 1997, p. 7), e, por meio deles, para a "autonomia do político" e o "politicismo" (de ordem e objeto), próprio da Ciência Política strictu sensu, como as abordagens neo-institucionalistas.…”
Section: Iv21 Intelectuais Visão Humanística E Formação Da Ciênciunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Tal visão humanística do trabalho intelectual seria "importada" para o campo acadêmico, a partir de meados da década de 1930, e iria ajustarse progressivamente a princípios de organização e de avaliação do trabalho e a valores propriamente acadêmicos, formando uma espécie de campo acadêmico-intelectual, próprio da área da filosofia e das ciências humanas (ARRUDA, 1995;MICELI, 2001;PEIXOTO, 2001;JACKSON, 2007a;2007b). Sendo a autonomização de um campo acadêmico uma condição necessária para o surgimento de um campo de Ciência Política relativamente autônomo e, com ele, de uma forma mais profissionalizada, especializada e mesmo científica de estudo de temas políticos, do ponto de vista da formação de um campo específico de Ciência Política, acreditamos que essa visão da ciência política tenha contribuído em pelo menos duas frentes: 1) instituindo uma forte tradição de pensamento e reflexão política, que se transfere ao campo acadêmico e estimula a formação de novas posições acadêmico-intelectuais especialmente interessadas em temas políticos; 2) a problemática do Estado-nação, forte entre 1930 e 1950, colocaria o "Estado" no centro das atenções do pensamento político brasileiro, abrindo caminho para o estatismo, manifestado em posições como os marxismos gramsciano e estruturalista (FORJAZ, 1997, p. 7), e, por meio deles, para a "autonomia do político" e o "politicismo" (de ordem e objeto), próprio da Ciência Política strictu sensu, como as abordagens neo-institucionalistas.…”
Section: Iv21 Intelectuais Visão Humanística E Formação Da Ciênciunclassified
“…O marxismo, como praticado, seria a principal dessas abordagens. Novamente, o principal foco de tensão ocorreria em relação à sociologia paulista, que, além de marcar-se cada vez mais por uma suposta posição "anticientífica", caracterizava-se por sua organização e estilo de trabalho à francesa, pela predominância do "ensaísmo" e da orientação "teoricista", apesar do projeto "cientificista" de Florestan tocado no decorrer da década de 1950 e do distanciamento relativo de seu grupo em relação à cultura literária que marcara as primeiras gerações e as outras cátedras do curso de ciências sociais (ARRUDA, 1995;MICELI, 2001, p. 127-133;PEIXOTO, 2001;JACKSON, 2007a).…”
Section: Iv22 a Proximidade Com As "Ciências Sociais" E O Societalunclassified
“…No mesmo sentido, da própria Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas -maior unidade da USP -vive constantemente sob o impacto de tensões entre concepções de ensino e pesquisa, ligadas muitas vezes às posições sociais e institucionais dos seus portadores, que atingem não só a unidade como um todo, mas praticamente todos os seus cursos, departamentos e áreas (cf. Arantes, 1994;Jackson, 2007;Keineirt & Silva, 2010;Pulici, 2008;Rodrigues, 2011). A constatação da complexidade social e acadêmica da USP não invalida a abordagem estrutural que está sendo proposta por este trabalho, que envolve relacionar e hierarquizar, no âmbito da USP, as unidades de ensino e pesquisa, consideradas como uma totalidade mais ou menos coesa.…”
Section: A Elitização Diferencial Da Usp (1995 -2013)unclassified
“…A partir disso, desenvolveu o projeto "Economia e Sociedade no Brasil" junto de Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni. O grupo de pesquisadores autointitulou-se a "escola de sociologia paulista" (JACKSON, 2007). E adotou, segundo José de Souza Martins 2 , como centro de suas reflexões, as singularidades dos problemas da sociedade brasileira, seu desenvolvimento ou subdesenvolvimento (BASTOS, 2006).…”
unclassified
“…Por esse motivo, criticou frequentemente o viés ideológico presente nas pesquisas realizadas em instituições cariocas como o ISEB (JACKSON, 2007).…”
unclassified