“…Neste sentido, verifica-se que alguns trabalhos têm se dedicado a compreender a relação entre as Técnicas de Reprodução Assistida (tras) e o relacionamento conjugal (Faria, Grieco & Barros, 2012;Filetto & Makuch, 2005;Gorayeb et al, 2009;Verberg et al, 2008). Estes trabalhos têm destacado alguns aspectos, tais como: as tras não oferecem muitas garantias de sucesso; um período prolongado de tratamento sem sucesso pode provocar desgaste na qualidade do tratamento, da vida conjugal e pessoal; os casais tornam-se emocionalmente envolvidos, antes e durante o tratamento; a relação entre a expectativa da gravidez e seu insucesso pode gerar frustração, desesperança, depressão, ansiedade e raiva; o abandono do tratamento está associado ao sofrimento psicológico; a decisão pela repetição de ciclo mostra a capacidade comunicacional entre os cônjuges, embora também possa gerar estresse e tensão; e, por fim, a conclusão de um ciclo sem sucesso, pode representar a interrupção no projeto de vida e mudanças nos planos relativos aos papéis socialmente esperados, podendo provocar isolamento social.…”