AgradecimentosAlgumas pessoas precisam estar nessa lista.Primeiramente, Fabiano Reis, meu companheiro de vida, por sua parceria e carinho. Em segundo lugar, Hilka Telles, minha mãe, minha inspiração e a mulher mais íntegra e corajosa que eu conheço. E, ainda, minha família de São Paulo, Terezinha, Seu Geraldo e Rose, pela acolhida e pela paciência em me ver tão pouco.No Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, agradeço especialmente à Professora Monica Herz, pela brilhante orientação e por servir de inspiração profissional para o caminho que tento seguir. Também não posso deixar de agradecer à equipe da Unidade do Sul Global para a Mediação (GSUM), pela acolhida durante os oito meses em que estive por lá. À equipe docente, minha honesta gratidão por ter me apresentado de maneira tão gostosa a temas e discussões que se mostraram essenciais para o desenvolvimento desse trabalho. À Lia Gonzalez e a todos que dão suporte administrativo ao IRI, meu eterno carinho. A presente dissertação busca oferecer uma leitura crítica sobre as performances militarizadas de (in)segurança que constituem a "guerra às drogas" na América Latina. Entendemos a "guerra às drogas" como um conjunto de normas, políticas e saberes relacionado ao controle, via proibição, de "drogas ilícitas", que prioriza estratégias militarizadas nas tentativas de suprimir a produção e a comercialização dessas substâncias pela "via da oferta" e que opera primordialmente através da cooperação bilateral ou multilateral com agências estatais e atores políticos estadunidenses. Situamos a discussão proposta no contexto mais amplo das leituras feministas/de gênero, pós-estruturais e pós-coloniais sobre Relações Internacionais e segurança internacional, com foco no processo de construção de imaginários políticos sobre o mundo social através de performances (discursivas e não discursivas) de (in)segurança. Utilizamos como principal (embora não única) estratégia de pesquisa a análise de discurso, olhando para as principais práticas discursivas da "guerra às drogas" que se colocam como discursos oficiais do Estado estadunidense. Argumentamos que as performances militarizadas da "guerra às drogas" são tornadas possíveis por uma forma de imaginar as relações internacionais que constrói o Estado nacional moderno como sujeito primordial da política internacional através da (re)produção de fronteiras de (in)segurança. Mais ainda, esse processo reflete complexas hierarquias e dinâmicas de poder que também são informadas por performances de gênero -seja a fluida dualidade entre "feminilidades" e "masculinidades", seja a contraposição entre uma "masculinidade hegemônica" e "masculinidades" e "feminilidades subalternas". Nesse sentido, a "guerra às drogas" é tornada PUC-Rio -Certificação Digital Nº 1313535/CA possível pelo mesmo imaginário político que (re)produz: um que (re)afirma as fronteiras de possibilidade da política (inter)nacional.
Palavras-chaveGênero; guerra às drogas; feminismo; pós-estruturalismo; pós-colonialismo; estudos críticos de segurança. This disser...