2011
DOI: 10.1590/s0102-71822011000200006
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O jogo do nome nas subjetividades travestis

Abstract: RESUMOdesde o nascimento o nome representa uma das primeiras características a ser adquiridas pelo sujeito que deverá acompanhá-lo como marca distintiva na sociedade. ao mesmo tempo, o nome, por meio da gramática substantiva do masculino ou feminino, impõe uma relação binária rígida entre os sexos marcando, além da denominação, a determinação de normas relativas à sexualidade e ao gênero. Por meio da participação em um projeto de extensão voltado para o público travesti da cidade de Uberlândia, surge o interes… Show more

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“…Porém, o que é interessante observar é a alta porcentagem de sujeitos que se consideraram pertencentes a um gênero "não-binário" (24,9%). Diante disso, o público participante da pesquisa coloca a problemática da multiplicidade do fazer gênero em questão, na qual há novas possibilidades para além do que seria considerado inteligível culturalmente pelos discursos médicos, jurídicos e até mesmo socioculturais, que imprimem os chamados "gêneros inteligíveis", presos a coerência binária, e a heteronormatividade que rege as práticas em sociedade (Próchno & Rocha, 2011).…”
Section: Discussionunclassified
“…Porém, o que é interessante observar é a alta porcentagem de sujeitos que se consideraram pertencentes a um gênero "não-binário" (24,9%). Diante disso, o público participante da pesquisa coloca a problemática da multiplicidade do fazer gênero em questão, na qual há novas possibilidades para além do que seria considerado inteligível culturalmente pelos discursos médicos, jurídicos e até mesmo socioculturais, que imprimem os chamados "gêneros inteligíveis", presos a coerência binária, e a heteronormatividade que rege as práticas em sociedade (Próchno & Rocha, 2011).…”
Section: Discussionunclassified
“…Ocorre que, de antemão, a travesti não se enquadra em dos primeiros atos de institucionalização em nossas vidas, o nome civil (Próchno & Rocha, 2011;Solís, 2009). Usam apelidos, nome social, por vezes inventam até o sobrenome, não "cabem" em nenhum dos banheiros masculino/feminino, não se inscrevem na lógica binária de sexo, nem necessariamente desejam ser homens/mulheres (Bennedetti, 2005;Blanca & Grossi, 2008;Juncais & Silva, 2008;Próchno & Rocha, 2011).…”
Section: O Nó Do Nomeunclassified
“…Usam apelidos, nome social, por vezes inventam até o sobrenome, não "cabem" em nenhum dos banheiros masculino/feminino, não se inscrevem na lógica binária de sexo, nem necessariamente desejam ser homens/mulheres (Bennedetti, 2005;Blanca & Grossi, 2008;Juncais & Silva, 2008;Próchno & Rocha, 2011).…”
Section: O Nó Do Nomeunclassified
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“…Assim, o desejo manifesto de romper com as normas instituídas ao corpo, sob o pretexto de uma natureza imutável, faz com que o nome deixe de cumprir seu papel e se torne uma "representação vazia de si". É preciso considerar também que, neste momento histórico, a reivindicação para "ser no feminino" reúne grupos de diferentes interesses e lógicas de desejo, que têm produzido novas conformações em gênero e sexualidade, com implicações diversas sobre a subjetividade em movimento (Próchno & Rocha, 2011). Ao utilizar "ele" para designar a estudante transexual, Alison demonstra, ainda, não ter internalizado a subjetividade feminina de sua aluna.…”
Section: Alison Busca Apreender a Vivência Da Estudante Transexualunclassified