O ensaio-teórico objetiva arquitetar a ideia de natureza variante, tendo na ponderação a respeito da concepção de segunda natureza um fator preponderante neste diapasão. Para tanto, subdividiu-se o texto em quatro alíneas. Na primeira, recorre-se a um breve introito que visa a apresentar a paisagem social dos moradores domiciliados em aglomerados subnormais. Na segunda alínea, busca-se compreender e repercutir a figuração do autodomínio das emoções sob o enfoque da sociologia processual elisiana. Na terceira, enfatiza-se a perspectiva teórica sobre a psicogênese desabastada-negra-favelizada. Finalmente, na quarta alínea, disserta-se acerca da necessidade de (re)adaptação dos grupos favelizados. Resumidamente, o ensaio concentra-se em fundamentar uma espécie de saber social, distintivo da população desabastada-negra-favelizada, decorrente da mutabilidade e da dinâmica das relações interpessoais, que, incorporado no seio das comunidades marginalizadas da capital fluminense, age de modo a modelar uma natureza única, variante. Quer dizer, um ego-coletivo extremamente particular derivado da imponderabilidade da subsistência conflagrada.