“…O célebre ensaio de Paulo Emílio Salles Gomes, "Cinema: trajetória no subdesenvolvimento", publicado em 1973, tem sido corretamente apontado como um marco nas reflexões sobre os impasses do desenvolvimento do cinema brasileiro. O balanço sintético dos acertos e desacertos históricos da produção cinematográfica, o exercício comparativo com outras realidades nacionais díspares, mas reguladas pela condição colonial, o diagnóstico assertivo sobre a precariedade do cinema brasileiro para o salto qualitativo, enfim, o brilhantismo das frases de efeito capazes de capturar nossa singularidade formativa, entre outros aspectos, transformaram o artigo de Paulo Emílio em referência obrigatória para o entendimento do país e sua conformação cultural (XAVIER, 1986;ZUIN, 2012).…”