2000
DOI: 10.1590/s0102-64452000000300004
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Rousseau e o federalista: pontos de aproximação

Abstract: É comum que se ressaltem as divergências entre Rousseau e os federalistas norte-americanos, em especial as avaliações contrastantes do potencial democrático de unidades políticas pequenas e homogêneas. Mas também há um importante terreno comum entre o primeiro e os últimos que costuma ser subestimado: as idéias de soberania imanente, república e federalismo. O artigo argumenta que esse terreno comum pode nos ajudar a pensar os impasses da democracia contemporânea.

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“…A partir da problematização estabelecida por Singer (2000), de que as democracias sofrem hoje um descrédito em relação aos seus processos, com o agravante na América Latina destas não terem ao menos se consolidado, e discordando do seu caminho de buscar um terreno comum entre o Federalista (HAMIL-TON et al, 1973) e Rousseau (1973), terreno este que acreditamos não existir devido à oposição clara em seus intentos, decidimos abordar o Federalista (HAMILTON et al, 1973) buscando saber qual é o quantum de poder que o povo possui sob a Constituição que é ali defendida. A análise foi realizada através da teoria das formas de governo, buscando observar os papéis dos conceitos de virtude e de vontade na forma de governo defendida, em que medida o povo influi nos rumos do governo e qual seria a relação da virtude com a possibilidade desta influência.…”
Section: Conclusãounclassified
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“…A partir da problematização estabelecida por Singer (2000), de que as democracias sofrem hoje um descrédito em relação aos seus processos, com o agravante na América Latina destas não terem ao menos se consolidado, e discordando do seu caminho de buscar um terreno comum entre o Federalista (HAMIL-TON et al, 1973) e Rousseau (1973), terreno este que acreditamos não existir devido à oposição clara em seus intentos, decidimos abordar o Federalista (HAMILTON et al, 1973) buscando saber qual é o quantum de poder que o povo possui sob a Constituição que é ali defendida. A análise foi realizada através da teoria das formas de governo, buscando observar os papéis dos conceitos de virtude e de vontade na forma de governo defendida, em que medida o povo influi nos rumos do governo e qual seria a relação da virtude com a possibilidade desta influência.…”
Section: Conclusãounclassified
“…Em relação ao sistema representativo, os federalistas repetem a argumentação de Montesquieu (1979), de que o povo não teria condições de tratar dos negócios públicos (não teria virtude), dando ênfase, desta forma, ao argumento de que o povo é sempre um potencial tirano de si mesmo (argumento da tirania do povo). A vontade do povo deve ser representada por aqueles que possuem a virtude, é este o argumento que, tanto em Montesquieu (1979) quanto no Federalista (HAMILTON et al, 1973), distancia o povo do poder e gera a crise de representação da qual Singer (2000) falou.…”
Section: Conclusãounclassified