Este artigo consiste, fundamentalmente, em uma análise do pensamento de Max Weber, de maneira a buscar uma possível contribuição ao campo da educação na atualidade. Ao expor sua compreensão sobre o processo de racionalização, tendo na burocracia uma de suas manifestações mais contundentes, Weber compreende as ações humanas como constituídas de uma tensão permanente. Não haveria no mundo um sentido, com validade universal, que orientasse a existência. Neste aspecto, a educação precisa adquirir um outro significado, isto é, uma educação que faça o clinamen surgir e ressurgir, introduzindo no mecanismo determinista o espaço de libertação, que consiste em romper o determinismo inerente a qualquer situação objetiva e, de forma desviante, abrir espaço para o exercício da autonomia. Se ao professor cumpre fornecer alguma esperança para a vida de seus alunos, esta deve ser estabelecida a partir do reconhecimento do caráter agonístico da existência. Agir assim é garantir a integridade e a liberdade intelectual.