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INTRODUÇÃOUm balanço crítico da produção no campo da saúde coletiva no Brasil, pelo viés de análise do Estado e das políticas de saúde, constitui-se numa tarefa necessária para o avanço desta temática. Depois de quase duas décadas de acúmulo de produção acadêmica, percebe-se, hoje em dia, um refluxo e um "esgotamento das energias utópicas" que gravitam em torno do campo (para utilizar uma feliz expressão de J. Habermas, 1987).Importa perceber que esse balanço crítico deve partir de uma confrontação com o quadro analítico presente na maior parte dos estudos voltados para essa temática. Essa confrontação deve ser vista não como uma negação do conhecimento produzido, cujo mérito parece inquestionável, mas como o impulso necessário para se buscar novos problemas e novas abordagens.Os limites impostos ao avanço do projeto reformista e democratizante na saúde, aliados à chamada crise do socialismo real, sem dúvida vem colocando diversos desafios quer aos policy-makers, quer ao espaço propriamente acadêmico de produção técnico-científica. No setor saúde, em particular (como também para a sociedade brasileira como um todo), é possí-vel vislumbrar diversos paradoxos. O mais angustiante encontra sua raiz no fato de que, não obstante as conquistas populares e democráticas no plano jurídico-institucional, a qualidade e o acesso aos serviços de saúde, bem como as condições sanitárias da população, apresentam um desempenho negativo. A redemocratização do país sem dúvida alguma agudizou questões como o corporativismo, o clientelismo e o fenômeno da privatização dos espaços públicos. Ou seja, apesar de uma considerável abertura do setor público, no sentido de uma maior participação de diversas instâncias da sociedade civil e das classes populares, e da modernização e descentralização da gestão do
INTRODUÇÃOUm balanço crítico da produção no campo da saúde coletiva no Brasil, pelo viés de análise do Estado e das políticas de saúde, constitui-se numa tarefa necessária para o avanço desta temática. Depois de quase duas décadas de acúmulo de produção acadêmica, percebe-se, hoje em dia, um refluxo e um "esgotamento das energias utópicas" que gravitam em torno do campo (para utilizar uma feliz expressão de J. Habermas, 1987).Importa perceber que esse balanço crítico deve partir de uma confrontação com o quadro analítico presente na maior parte dos estudos voltados para essa temática. Essa confrontação deve ser vista não como uma negação do conhecimento produzido, cujo mérito parece inquestionável, mas como o impulso necessário para se buscar novos problemas e novas abordagens.Os limites impostos ao avanço do projeto reformista e democratizante na saúde, aliados à chamada crise do socialismo real, sem dúvida vem colocando diversos desafios quer aos policy-makers, quer ao espaço propriamente acadêmico de produção técnico-científica. No setor saúde, em particular (como também para a sociedade brasileira como um todo), é possí-vel vislumbrar diversos paradoxos. O mais angustiante encontra sua raiz no fato de que, não obstante as conquistas populares e democráticas no plano jurídico-institucional, a qualidade e o acesso aos serviços de saúde, bem como as condições sanitárias da população, apresentam um desempenho negativo. A redemocratização do país sem dúvida alguma agudizou questões como o corporativismo, o clientelismo e o fenômeno da privatização dos espaços públicos. Ou seja, apesar de uma considerável abertura do setor público, no sentido de uma maior participação de diversas instâncias da sociedade civil e das classes populares, e da modernização e descentralização da gestão do
This article aims to contribute to the theoretical reflections on the State and the dimensions of politics, highlighting its territorial dimension. This is a bibliographic research that sought to synthetically expose the different theoretical currents about State, from Political Geography to Political Science.
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