“…Ainda cedo, uma das grandes transformações ocorridas no Império foi a efetivação do ato adicional de 12 de agosto de 1834, que, entre várias atribuições, possibilitou às províncias a "liberdade de legislar sobre o ensino primário e secundário, além de possibilitar que as Assembleias Legislativas Provinciais criassem e organizassem as instituições que dariam formação aos seus professores" (Schneider;Neto;Alvarenga, 2012, p. 179). Essas mudanças e discussões, que trouxeram à tona o tema da obrigatoriedade do ensino público, acabaram entrando em choque com outras instâncias educativas não oficiais, a exemplo das famílias, que compreendiam a instrução obrigatória como uma "ofensa ao pátrio poder, ao conjunto de direitos e responsabilidades que a família possuía sobre seus filhos, entre eles, de decidir se a prole seria, ou não, escolarizada" (idem, p. 180).…”