2005
DOI: 10.1590/s0102-44502005000200005
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Qualquer e o conceito de livre-escolha

Abstract: Este artigo desenvolve a hipótese de Peres (cp) de que sintagmas 'qualquer' não são quantificados, mas indefinidos (Heim 1982). Argumenta-se que há um item 'qualquer' e que as diferenças entre as estruturas 'qualquer N' e 'um N qualquer' devem-se à presença do artigo indefinido 'um'. Comparado ao sintagma-'um', sintagmas-'qualquer' expressam "livre-escolha" que, na análise proposta, é uma pressuposição de alternativas possíveis. Formalmente, ela se deve à presença de 'qual', que necessita, para ser feliz, que … Show more

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“…Por isso, 'qualquer' não apresenta a pressuposição de maximalidade, da qual a função I de 'nem' depende no português moderno. Além disso, embora operadores de livre escolha (Free Choice Itens) como 'qualquer' sejam universais (Dayal, 2004;Szabolcsi, 2019;Oliveira, 2005), em português brasileiro esse operador também opera como um item de polaridade negativa (IPN), como em "João não comprou qualquer jornal", que pode receber duas interpretações: (i) "João não comprou nenhum jornal" e (ii) "João comprou um jornal, mas não o de sua preferência" (Oliveira, 2005). Em espanhol, por exemplo, em que há 'ni todo' e 'ni cualquiera', 'cualquier' é exclusivamente um universal de livre escolha, não operando como um IPN.…”
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“…Por isso, 'qualquer' não apresenta a pressuposição de maximalidade, da qual a função I de 'nem' depende no português moderno. Além disso, embora operadores de livre escolha (Free Choice Itens) como 'qualquer' sejam universais (Dayal, 2004;Szabolcsi, 2019;Oliveira, 2005), em português brasileiro esse operador também opera como um item de polaridade negativa (IPN), como em "João não comprou qualquer jornal", que pode receber duas interpretações: (i) "João não comprou nenhum jornal" e (ii) "João comprou um jornal, mas não o de sua preferência" (Oliveira, 2005). Em espanhol, por exemplo, em que há 'ni todo' e 'ni cualquiera', 'cualquier' é exclusivamente um universal de livre escolha, não operando como um IPN.…”
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“…Therefore, 'qualquer' 'any' does not present a presupposition of maximality, on which the I function of 'nem' depends in modern Portuguese. Furthermore, despite the fact that Free Choice Items like 'qualquer' are universals (Dayal, 2004;Szabolcsi, 2019;Oliveira, 2005), in Brazilian Portuguese, they also operate like negative polarity items (IPN), as in "João não comprou qualquer jornal", "John didn't buy any newspaper", which receives two interpretations: (i) "John bought no newspaper; and (ii) "John bought a newspaper, but not the one of his choice" (Oliveira, 2005). Recall that in Spanish, where there are the forms 'no todo' and 'no cualquiera', 'cualquier' is exclusively a universal quantifier of free choice, never operating as an IPN.…”
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