Fonction des comportements parentaux: révision de la notion de sensibilité maternelle

Abstract

RÉSUMÉ -Le rôle exercé par la mère dans l'adaptation de l'enfant et la prépondérance des soins maternels prodigués à l'enfant en bas âge représentent une des pierres d'assise de la théorie de l'attachement. Bien que les études empiriques aient largement démontré le lien entre la sécurité de l'attachement et le développement des compétences chez l'enfant, peu d'information sur les comportements liés à la continuité de la fonction parentale est disponible. Dans la perspective d'une meilleure compréhension de la continuité du rôle de protection parentale chez la mère, cet article théorique propose une révision de la sensibilité maternelle selon un modèle de régulation des buts empathiques, socialisants et personnels. La présentation de ce modèle s'appuie sur la théorie de l'attachement élaborée par John Bowlby, sur le concept de sensibilité maternelle développée par Mary Ainsworth et sur le modèle de la régulation des buts parentaux de Théodore Dix.Mots-clés: sensibilité maternelle; attachement mère-enfant; pratiques éducatives. Function of Parental Behaviours: Review of the Concept of Maternal SensitivityABSTRACT -The role of the mother on child adaptation and maternal care during infancy are central to the theory of attachment. Although, numerous studies have shown an association between security of attachment and child development of competencies, data on the continuity of parental function after infancy are rather scant. For a better understanding of the enduring role of parental protection on child development, I propose a revision of the concept of maternal sensitivity that integrate the notion of empathic, social and personal goal regulation. This revision is based upon Bowlby's attachment theory, Ainsworth's maternal sensitivity concept, and Dix's model of maternal goal regulation.Key words: Maternal sensitivity; mother-child attachment; parental practices. Função dos Comportamentos Parentais: Revisão do Conceito de Sensibilidade MaternaRESUMO -O papel exercido pela mãe na adaptação da criança e os cuidados maternos dispensados a ela durante a infância são aspectos centrais para a teoria do apego. Embora os estudos empíricos mostrem uma associação entre o apego seguro e o desenvolvimento de competências na criança, os dados sobre a continuidade da função parental para além do período da infância são, ainda, raros. Visando uma melhor compreensão da continuidade do papel de proteção parental no desenvolvimento da criança, este artigo teórico apresenta uma revisão do conceito de sensibilidade materna que integra a noção de regulação de objetivos pessoais, sociais e empáticos. A revisão efetuada é baseada na teoria do apego desenvolvida por John Bowlby, no conceito de sensibilidade materna de Mary Ainsworth e no modelo de regulação de objetivos parentais de Théodore Dix.Palavras-chave: sensibilidade materna; apego mãe-criança; práticas educativas.

Mãe adolescente vivenciando o cuidado do filho: um modelo teórico

“…Trabalhos contemplam a necessidade de se resgatar a família da mãe adolescente, pois este resgate proporciona-lhe um equilíbrio em resposta às suas necessidades para cuidar de seu filho e de si, e ainda reforça sentimentos de maior interação, que implicam em aumento de sua auto-estima, favorecendo melhores cuidados ao filho (14,15) . Além disso, os resultados deste estudo, assim como de outros (16,17) indicam que a gravidez é a realização de um sonho.…”

La sensibilité parentale dans le cadre de la politique brésilienne de santé familiale

“…La sensibilité parentale doit aussi être considérée en fonction des divers rôles qui, du point de vue de la société, sont attribués aux parents, celui de protecteur, d'éducateur, de pourvoyeur, de partenaire de jeu (Gosselin, 2000 ;Lacharité, 2003). Lors de la période postnatale et de la petite enfance, le rôle de protecteur constitue une priorité sur tous les autres rôles (Ainsworth et coll., 1978 ;Crittenden, 2008).…”

Interações afetivas na família e na pré-escola

“…A segurança lhe permite vivenciar o desafio que a convida a ser livre. As crianças pré-escolares cuja segurança do apego é elevada, lembra Gosselin (2000), complementando as idéias de Bolwby (1989), são atendidas não só em suas necessidades afetivas mas também em suas necessidades cognitivas. Assim, a tarefa de proteção não significa apenas o fornecimento de um contexto adequado (alimento, abrigo, afeto); estende-se também à tarefa de ensinar a criança os comportamentos valorizados pela sociedade que facilitarão sua adaptação à via acadêmica e social.…”

“…Em contrapartida, para Ignjatovic-Savic e seus colaboradores (1988), a mãe sensível toma o bebê nos braços, consola-o e ensina-o a abrir a caixa (ela responde com eficácia às necessidades emocionais e cognitivas do bebê). Gosselin (2000) esclarece que as mães de crianças em idade pré-escolar, cuja segurança do apego é elevada, gastam mais tempo com instruções em função das necessidades cognitivas e afetivas das crianças e lhes transferem gradualmente a responsabilidade da supervisão e da execução da tarefa, em comparação às mães de crianças cuja segurança de apego é frágil. Além disso, num contexto de colaboração com adultos estranhos, as crianças cuja segurança de apego é elevada manifestam mais comportamentos pertinentes à tarefa e estratégias metacognitivas, em comparação com crianças cuja segurança do apego não é sólida.…”