e Priscila Meira VASCONCELOS 3 RESUMO -Contexto -O tromboembolismo venoso pós-operatório é uma entidade frequente e grave, que pode levar à embolia pulmonar e à síndrome pós-trombótica. Apesar dos benefícios comprovados pela profilaxia, nota-se uma inadequação na sua indicação. Objetivo -Verificar a indicação de heparina profilática entre pacientes de diferentes clínicas cirúrgicas de um hospital universitário de nível terciário.
INTRODUÇÃOA trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP) são manifestações de um mesmo problema: o tromboembolismo venoso (TEV) (25) . Complicação da TVP, menos grave que a EP, é a insuficiência venosa crônica, também chamada síndrome pós-trombótica (14,15) . A dificuldade do diagnóstico da TVP, o retardo na terapêutica e a estreita relação entre TVP e EP determinam altas taxas de morbimortalidade (25) . No Brasil, provavelmente devido à falta de confirmação pela dificuldade de acesso aos serviços médicos e pela subnotificação, acredita-se que haja incidência de 0,6 caso/mil habitantes/ano (10) . Os pacientes politraumatizados ou os submetidos a intervenção cirúrgica de longa duração estão sob risco aumentado de desenvolver TEV. Esse risco aumenta com a idade, obesidade, em doentes com neoplasia, antecedentes cirúrgicos recentes e os estados trombogênicos. Além disso, há interferência de fatores individuais, tais como duração da intervenção, o tipo de anestesia, a imobilização pré e pós-operatória, o grau de hidratação e a presença de uma infecção (22) . Apesar de grandes evidências sobre a eficácia das medidas profiláticas para o TEV e de protocolos de prevenção da TVP estarem à disposição dos profissionais, existe expressiva variabilidade na prática médica, na aplicação dessas medidas. Diversos estudos