ResumoContexto: O fisioterapeuta na unidade hospitalar atua sobre os efeitos da hipoatividade ou inatividade do paciente acamado. Na prática diária, a contração do músculo da panturrilha é difundida entre os profissionais de saúde no ambiente hospitalar, principalmente nos períodos de pré e pós-operatório, como forma de diminuir a estase venosa e os riscos de trombose venosa profunda nos membros inferiores.Objetivo: Avaliar o volume de fluxo venoso na bomba sural, através de ultra-sonografia doppler, durante cinesioterapia ativa e passiva (flexão plantar do tornozelo).
Métodos:A amostra foi constituída por 30 indivíduos escolhidos aleatoriamente e submetidos a ultra-sonografia doppler da veia poplítea direita, visando mensurar o volume de fluxo sanguíneo em quatro momentos: repouso, compressão manual da panturrilha, movimentação passiva e ativa do tornozelo em flexão plantar. Na análise dos resultados, utilizou-se o teste t, sendo utilizado um valor de p ≤ 0,05 como índice de significância estatística.Resultados: Na amostra constituída, 16 eram do sexo feminino e 14 do sexo masculino, apresentando as seguintes médias: idade (31,57 anos), altura (1,68 m), peso (68,25 kg) e índice de massa corporal (24,16). Na análise estatística, a flexão plantar do tornozelo realizada de forma passiva, quando comparada ao valor basal, é significante (p ≤ 0,000056) em relação à ativação da bomba sural, embora não tanto quanto o exercício ativo (p ≤ 0,0000016). Também mostrou significância a compressão manual do músculo tríceps sural em relação ao exercício passivo (p ≤ 0,000000081).
Conclusão:Neste estudo, a flexão plantar do tornozelo de forma ativa mostrou-se estatisticamente mais eficaz do que a passiva na ativação da bomba sural, aumentando o volume do fluxo de sangue na veia poplítea e diminuindo a estase venosa nos membros inferiores.Palavras-chave: Fisioterapia, bomba sural, ultra-sonografia Doppler em cores.
AbstractBackground: In-hospital physical therapists work on the effects of hypoactivity or inactivity of bedridden patients. In daily practice, contraction of the calf muscle is commonly performed by health professionals in hospitals, especially in pre-and post-operative periods as a form of reducing venous stasis and risk of deep venous thrombosis in the lower limbs.