Estrutura do componente arbóreo e características edáficas de dois fragmentos de floresta estacional decidual no vale do rio Araguari, MG, Brasil

Abstract

Este trabalho investigou a estrutura do componente arbóreo e as características edáficas de duas florestas deciduais (doravante Funil 1 e Funil 2) localizadas no vale do rio Araguari, Triângulo Mineiro. Foram demarcadas 60 parcelas de 10×20 m em cada área. Todas as árvores com circunferência a 1,30 m de altura >15 cm foram amostradas. Para o estudo do solo foram realizadas análises físicas e químicas de 20 amostras de cada ambiente. Para verificar possíveis relações entre as características do solo e a distribuição das espécies foram realizadas análises de correspondência canônica (CCA). Funil 1 apresentou densidade de 1695 ind./ha e área basal total de 16,25 m²/ha. Foram amostradas 64 espécies, 49 gêneros e 32 famílias nesse ambiente. Funil 2 apresentou densidade de 937,5 ind./ha, área basal total de 14,02 m²/ha e total de 46 espécies, 39 gêneros e 22 famílias. O índice de diversidade de Shannon foi de 2,76 (Funil 1) e 2,59 (Funil 2), sendo a equabilidade semelhante para os dois ambientes (J' = 0,66). As análises químicas evidenciaram fortes semelhanças entre os solos estudados. Em contraste, houve diferença considerável dos parâmetros físicos desses solos. A umidade dos solos de Funil 1 e 2 variou ao longo do ano (ANOVA F = 367,67; gl = 3; p < 0,001), sendo o mês de dezembro o mais úmido e o mês de setembro o mais seco. A CCA realizada para as duas florestas sugere que a maioria das espécies distribui-se por toda área, alterando apenas suas abundâncias relativas.

Similaridade florística entre estratos da vegetação em quatro Florestas Estacionais Deciduais na bacia do Rio São Francisco

“…Portanto, a influência da vegetação adjacente na composição florística da Floresta Estacional Decidual parece ter exercido grande influência na composição florística dos fragmentos estudados, fato este também reportado por outros autores que também estudaram Florestas Estacionais Deciduais, como Santos et al (2007b) e Siqueira et al (2009 …”

Estrutura do componente arbóreo em Floresta Ombrófila Densa Montana no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (PNMNP), Santo André, SP, Brasil

“…Muitos estudos fitossociológicos têm sido realizados em diferentes formações florestais na tentativa de comparar fragmentos sob diferentes condições edáficas e sucessionais (Felfili & Fagg 2007, Meireles et al 2008, Melo et al 2000, Silva et al 2009, Silva et al 2008, Siqueira et al 2009, Sugiyama et al 2009). Poucos trabalhos avaliam trechos perturbados ou variações do mosaico florestal em um mesmo remanescente (Fonseca & Rodrigues 2000, Gandolfi et al 1995.…”

Cambios estacionales acelerados en comunidades boscosas debidos al aumento en la humedad del suelo después de la construcción de una represa

“…Stem diameter was measured at 1.30m from the ground and for multiple stems; all live tillers were measured at 1.30m. The first inventory (T0) results were published in 2009 (Kilca, Schiavini, Araújo, & Felfili, 2009;Siqueira, Araújo, & Schiavini, 2009). The second (T2) and third (T4) inventories were carried out two and four years after damming, respectively.…”

“…The approach of the water line may have two consequences for a single tree: in the worst case, the water coverage creates anaerobic conditions which can lead to anoxia and cell death in roots, inhibiting plant growth and consequently killing the tree (Blom & Voesenek, 1996;Nilsson & Berggren, 2000); otherwise, soil moisture increase can compensate for the lack of water, making the environment less stressful, reducing the chance of root desiccation, and enhancing plant growth. In deciduous forests, for example, soils are fertile (Kilca et al, 2009;Siqueira et al, 2009) but are deficient in water supply (Pennington, Lavin, & Oliveira-Filho, 2009) due to water shortage in the drought season. These droughts reduce photosynthetic efficiency (Goulden, Munger, Fan, Daube, & Wofsy, 1996;Reichstein et al, 2002) and have an adverse effect on growth (Suarez, Ghermandi, & Kitzberger, 2004).…”

“…Therefore, the combination of water supply and high fertility leads to greater aboveground forest productivity in deciduous more so than semideciduous forests. The ingrowth rates in semideciduous forests are lower because the soil is much less fertile than in deciduous forests (Kilca et al, 2009;Siqueira et al, 2009), which limits plant growth.…”