Palinologia de espécies de Solanum L. (Solanaceae A. Juss.) ocorrentes nas restingas do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Abstract

Foram estudados 21 táxons de Solanum L., com o objetivo de caracterizá-los palinologicamente e, assim, contribuir para a elaboração de um catálogo polínico da flora das restingas do Estado do Rio de Janeiro. Os táxons examinados foram Solanum affine Sendtn., Solanum americanum Mill. var. americanum,Solanum argenteum Dunal ex Poir., Solanum aturense Dunal, Solanum caavurana Vell., Solanum capsicoides All., Solanum carautae Carv., Solanum cordifolium Dunal, Solanum curvispinum Dunal, Solanum echidnaeforme Dunal, Solanum gardneri Sendtn.,Solanum indigoferum A. St.-Hil., Solanum insidiosum Mart., Solanum mauritianum Scop., Solanum paludosum Moric., Solanum paniculatum L., Solanum paratyense Vell., Solanum pseudoquina A.St.-Hil., Solanum sisymbriifolium Lam., Solanum torvum Sw., Solanum velleum Sw. Os grãos de pólen foram acetolisados, mensurados, descritos e fotomicrografados. A análise sob microscopia eletrônica de varredura foi utilizada, em grãos de pólen não acetolisados, para confirmar as descrições feitas sob microscopia de luz e, em alguns casos para confirmar as descrições de abertura e ornamentação. Constatou-se que os grãos de pólen são pequenos ou médios, isopolares, subprolatos a oblato-esferoidais, 3-colporados, sexina granulada, rugulado-granulada ou escabrada. Pela análise dos resultados obtidos pôde-se concluir que os táxons analisados apresentam certa heterogeneidade polínica, quanto à forma, aos atributos das aberturas e à ornamentação da sexina, podendo-se usar estes caracteres na taxonomia do gênero.

A taxonomic aid arising from pollen grains of Cestrum L. and Solanum L. (Solanaceae): differences in ornamentation and aperture

“…Solanum species had their pollen grains previously studied by Erdtman (1952), Murry & Eshbaugh (1971), Chung & Huang (1972), Salgado-Labouriau (1973), Rao & Ling (1974), Punt & Monna-Brands (1977), Edmonds (1984), Roubik & Moreno (1991), Velásquez & Rangel (1995), Knapp et al (1998), Melhem et al (2003), Al-Quran (2004), Perveen & Qaiser (2007), Batista-Franklim & Gonçalves-Esteves (2008), Barth & Duarte (2008), Cruz-Barros et al (2011), Lashin (2011), Silva et al (2014, Kumar et al (2015), Silva et al (2016), Du et al (2017) and Lorente et al (2017). The authors, in general, describe pollen grains as: monad; isopolar; small to medium size; oblatespheroidal to subprolate shape; circular to triangular and lobate amb; mostly 3-colporate, occasionally 4-colporate, sometimes 2-6 colporate or pantocolporate, syncolporate or parasyncolporate, colpus very long, long or short, with or without margo, fastigium, operculum, granulate or tuberculate colpus membrane and medium constriction; lalongate endoaperture, sometimes elliptic, with or without medium constriction, occasionally forming constinuous ring, with or without margo, costa and fastigium; granulate, granulate-perforate, granulate-punctate, granulatepunctate-fossulate; granulate-verrucate-punctate, echinate, microechinate, microreticulate, psilate, spinulose, spinuloseperforate, spinulose-punctate, reticulate, rugulate-ganulate, scabrate, verrucate, verrucate-punctate, with or without ornamented operculum and aspis; sexine thicker or thinner than nexine or as thick as nexine.…”

“…The pollen morphology of various genera and species of Solanaceae has been described by different types of studies: Pollen morphology of the family in general (Guang-Fang et al 1985;Bernadello & Luján 1997;Khatamsaz & Zangirian 1998;Batista-Franklim & Gonçalves-Esteves 2002;Rojas & Laportte 2004;Rodrigues et al 2016;Dhanya & Devipriya 2016); Pollen morphology of Cestrum or Solanum (Murry & Eshbaugh 1971;Silva et al 2003;Al-Quran 2004;Perveen & Qaiser 2007;Batista-Franklim & Gonçalves-Esteves 2008;Lashin 2011;Kumar et al 2015;Vignoli-Silva et al 2015;Song et al 2018) and Pollen flora of some species (Erdtman 1952;Chung & Huang 1972;Salgado-Labouriau 1973;Rao & Ling 1974;Punt & Monna-Brands 1977;Roubik & Moreno 1991;Velásquez & Rangel 1995;Melhem et al 2003;Barth & Duarte 2008;Cruz-Barros et al 2011;Mercado-Gómez et al 2013;Silva et al 2014Silva et al , 2016Lorente et al 2017). These authors have observed the differences regarding pollen grain aperture and ornamentation of the exine, concluding that the family is eurypalynous.…”

Pollen Grains from Bottom Surface Sediments of Comprida Lagoon, Restinga de Jurubatiba National Park, Southeastern Brazil

“…Solanum L. (Figura 6 R) -Grão de pólen pequeno, isopolar, prolato esferoidal a subprolato; 3-colporado; superfície psilada. Longicolpado; endoaberturas lalongadas quase unidas (Barth & Duarte, 2008;Batista-Franklim & Gonçalves-Esteves, 2008). Dados ecológicos: hábito herbáceo, arbustivo, subarbustivo, arbóreo ou como liana; florestas pluviais e estacionais, áreas antrópicas, campos cerrado, caatinga, restinga, sobre afloramentos rochosos ou como vegetação aquática (Flora do Brasil 2020).…”

Morfologia polínica de espécies de floresta ombrófila densa e restinga

“…A palinologia constitui uma ferramenta útil em estudos taxonômico-filogenéticos e de rastreamento vegetacional, entre outros atributos, além de contribuir com o conhecimento sobre a morfologia botânica. Trabalhos de palinologia para as formações de Planície Quaternária nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil foram desenvolvidos para o estado do Rio de Janeiro (MENDONÇA & GONÇALVES-ESTEVES, 2000;GONÇALVES-ESTEVES & MENDONÇA, 2001;GONÇALVES-ESTEVES et al, 2007;BATISTA-FRANKLIM & GONÇALVES-ESTEVES, 2008;LUCAS et al, 2010;SOUZA et al, 2010), para o estado de São Paulo (ABSY, 1975;, para o Rio Grande do Sul (CORDEIRO, 1991;GARCIA, 1994;NEVES & LORSCHEITTER, 1995;NEVES, 1998;NEVES et al, 2003;BAUERMANN, 2003) e para Santa Catarina (LIMA, 2010;CANCELLI et al, 2012;KUHN, 2016), entre outros.…”