Palinotaxonomia de espécies brasileiras de Peritassa Miers (Hippocrateaceae Juss.)

Abstract

O estudo palinotaxonômico de Peritassa Miers teve como objetivo contribuir para a melhor caracterização, circunscrição e delimitação deste gênero. Os grãos de pólen de dez espécies de Peritassa foram acetolisados, medidos, descritos e ilustrados sob microscopia de luz (ML) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise sob MEV foi utilizada visando a elucidação de dúvidas sobre a ornamentação da exina. Apenas, P. calypsoides (Camb.) A.C. Sm. apresentou grãos de pólen em tétrades. As espécies com grãos de pólen em mônades são, geralmente, de tamanho pequeno, microrreticulados (com muros lisos ou ondulados) ou granulados, 3-colporados, área apertural proeminente ou não. Foi confeccionada uma chave polínica utilizando-se apenas os atributos observados sob microscopia de luz. Peritassa é um gênero euripolínico e as características palinológicas podem auxiliar os estudos taxonômicos do grupo.

Anatomia foliar como subsídio à taxonomia de Hippocrateoideae (Celastraceae) no Sudeste do Brasil

“…O Estudo da palinotaxonomia de espécies brasileiras de Hippocrateaceae (Gonçalves-Esteves & Melhem 1998;2000;2002;2004) mostrou que características dos grãos de pólen como: o tipo de área apertural, o tipo de ornamentação da exina, a forma e as classes de tamanho; são bons caracteres diagnós-ticos a nível específico. Estes dados possibilitaram a confecção de chaves polínicas e a separação das diferentes espécies ou grupos de espécies; além de confirmarem a delimitação genérica das Hippocrateaceae da América do Sul.…”

“…Estes dados possibilitaram a confecção de chaves polínicas e a separação das diferentes espécies ou grupos de espécies; além de confirmarem a delimitação genérica das Hippocrateaceae da América do Sul. Porém, de acordo com Gonçalves-Esteves & Melhem (1998;2000;2002;2004) as características dos grãos de pólen de Tontelea Aublet, Salacia L., Peritassa Miers e Cheiloclinium Miers não refletem as divisões infragenéricas propostas por Smith (1940) que baseou-se apenas em características vegetativas e reprodutivas.…”

Palinotaxonomia de espécies brasileiras de Cheiloclinium Miers (Hippocrateaceae Juss.)

“…Sm., mostrando a afinidade polínica dos dois gêneros. Gonçalves-Esteves & Melhem (2002), após análises mais detalhadas sob MEV das espécies de Peritassa estudadas, confirmaram a presença de uma sexina granulada apenas nos grãos de pólen de P. dulcis e, no presente estudo, verificou-se que, sob MEV, o pólen de C. cognatum apresentou exina microrreticulada. Para C. articulatum não há dados sob MEV mas, a ornamentação destes dois táxons definidos como granulados (sob microscopia de luz), é idêntica, confirmando a raridade deste tipo de ornamentação entre as Hippocrateaceae.…”

Contribution to Celastraceae palynology from Cerrado forest fragments: a focus on shape, amb and exine ornamentation

“…These authors reported constant pollen morphology in terms of size, number of apertures and type of endoaperture; and showed differences in the descriptions of Celastraceae's pollen grains, especially regarding the shape and ornamentation of the exine, indicating that these characters are of taxonomic interest for the group. Furthermore, the potential utility of Celastraceae pollen morphology in contributing to taxonomic studies was also addressed in other work (Gonc¸alves-Esteves and Melhem 1998Melhem , 2002Melhem , 2004Cruz-Barros et al 2005). Gavrilova et al (2018) is one of the most recent studies on the pollen morphology of Celastraceae, analyzing 62 species of Euonymus L. This study confirms the striking morphological characteristics of the pollen of the family, such as 3colporate and reticulate exine, but the authors also found diversity in the number of apertures (2-and/or 4-6-colporate) and exine ornamentation (perforate).…”

“…These authors reported constant pollen morphology in terms of size, number of apertures and type of endoaperture; and showed differences in the descriptions of Celastraceae's pollen grains, especially regarding the shape and ornamentation of the exine, indicating that these characters are of taxonomic interest for the group. Furthermore, the potential utility of Celastraceae pollen morphology in contributing to taxonomic studies was also addressed in other work (Gonçalves-Esteves and Melhem 1998, 2002, 2004; Cruz-Barros et al 2005).…”