Divisões perigosas: políticas raciais no Brasil contemporâneo

Abstract

população masculina da cidade do Rio de Janeiro, e 7,2 vezes as da população geral da referida cidade. Ao se fazer um cotejo com as taxas do Brasil, são 7,17 vezes as da população masculina e 13,34 vezes as da população geral. O risco de morte entre policiais militares é também maior que entre os agentes dos outros órgãos de segurança: chega a ser 6,44 vezes o da Guarda Municipal e 1,72 em relação à Polícia Civil. Nesse sentido, a obra produz informações estratégicas visando a subsidiar ações dos profissionais da corporação e de seus gestores para adequar a corporação às necessidades atuais da segurança pública. Sobretudo porque sendo essa a polícia que mais mata também é a que mais morre como demonstraram as autoras, fatos esses que por si só evidenciam uma política de segurança equivocada. Ainda faz-nos refletir que a estratégia de combate à criminalidade que aposta no confronto, fracassou, pois os princípios da política de segurança pública pautados por este não se encontram com os princípios da segurança humana, convertem-se em mortes anunciadas: da população civil e desses servidores públicos.

Seeing Race Like a State: Higher Education Affirmative Action Verification Commissions in Brazil

“…Brazilian quotas for public higher education have a social component (for alumni of public high schools and for those of low income) and a racial component (for black and brown students). But since the beginning, the most controversial dimension has been the racial one (Fry et al 2007). Nearly 20 years after their initial implementation, racial quotas have significantly increased the numbers of black students at the IFES (Senkevics and Mello 2022).…”

“…Following ILO C169-the Indigenous and Tribal Peoples Convention (ratified by Brazil in 2002)-the right to self-identification was the milestone that made possible the recognition of the land rights of quilombolas and indigenous groups in Brazil, as well as in other Latin American countries (French 2009). The right to self-identification was also used by Brazilian supporters of affirmative action as a strategy to counter criticism from the policy's detractors, who framed racial quotas as a threat to people's identities and privacy and to the fundamental idea of race as a social construct (Fry et al 2007). By defining the beneficiaries of affirmative action on the basis of self-identification, policymakers avoided such criticism, at the same time advancing the case for affirmative action in Brazil (Guimarães 2017).…”