Prevalência de deficiência auditiva referida e causas atribuídas: um estudo de base populacional

Abstract

The objective was to determine the prevalence of self-reported hearing loss in four urban areas in São Paulo State, Brazil, and to describe the causes and socio-demographic variables. This was a population-based cross-sectional study with data on individuals 12 years or older living in the areas in 2001 and 2002. Participation included 5,250 subjects selected by two-stage probability sampling, stratified in clusters. Data analysis was exploratory, including bivariate and multiple logistic regression analysis. Prevalence of hearing loss was 5.21%, and higher levels were associated with: age > 59 years (18.7%), illness in the 15 days prior to the interview (8.4%), common mental disorders (8.8%), and use of medication in the previous 3 days (8.4%). The study of factors associated with hearing loss can lead to health interventions for addressing that the population's real needs, mostly in primary care. More population-based studies on hearing are needed in Brazil, since there are few publications on the subject.

Percepção de restrições de participação na perda auditiva: comparação entre idosos institucionalizados e não institucionalizados

“…Dentre as alterações sensoriais decorrentes do envelhecimento, a perda auditiva pode gerar efeito devastador na comunicação do idoso, uma vez que compromete, sobremaneira, sua interação dialógica com as pessoas (Russo, 2004;Baraldi, Almeida e Borges, 2007;Veras e Mattos, 2007;Cruz et al, 2009;Souza e Massi, 2015). Muitas vezes, em função da perda de audição e de modo a evitar situações que exijam sua habilidade auditiva, os idosos modificam sua rotina e afastam-se de atividades de lazer (Santiago e Novaes, 2009;Paiva et al, 2011;Souza e Lemos, 2015).…”

“…Muitas vezes, em função da perda de audição e de modo a evitar situações que exijam sua habilidade auditiva, os idosos modificam sua rotina e afastam-se de atividades de lazer (Santiago e Novaes, 2009;Paiva et al, 2011;Souza e Lemos, 2015). Consequentemente, podem ocorrer prejuízos no âmbito físico, mental e social dos idosos, o que reflete diretamente em sua qualidade de vida e na das pessoas de seu convívio (Jones, Victor e Vetter, 1984;Russo, 2004;Baraldi, Almeida e Borges, 2007;Veras e Mattos, 2007;Cruz et al, 2009;Santiago e Novaes, 2009;Solheim, Kvaerner e Falkenberg, 2011).…”

“…No entanto, devido ao custo e dificuldades logísticas para sua detecção precoce em nível populacional, a deficiência auditiva referida mostra-se como um ótimo instrumento de triagem auditiva (Valete-Rosalino e Rozenfeld, 2005; Santiago e Novaes, 2009) e tem sido utilizada por muitos pesquisadores (Jones, Victor e Vetter, 1984;Coelho Filho e Ramos, 1999;Sindhusake et al, 2001;Castro et al, 2008;Cruz et al, 2009;Paiva et al 2011;Cruz et al, 2012;Airoldi et al, 2013;Crispim e Ferreira, 2015). A partir desse tipo de triagem, espera-se aumentar a chance de uma pessoa com determinada disfunção ser identificada e de não considerar aquela sem disfunção (Valete-Rosalino e Rozenfeld, 2005).…”

“…Enquanto uns perguntavam se o entrevistado ouvia bem ou se apresentava dificuldades para ouvir (Jones, Victor e Vetter, 1984;Sindhusake et al, 2001;Castro et al, 2008;Souza e Oda, 2008;Cruz et al, 2009;Gutierrez et al, 2009, Paiva et al, 2011Airoldi et al, 2013), outros questionavam a existência de dificuldades para compreender a fala (Airoldi et al, 2013 Paiva et al, 2011).…”

“…Esse achado concorda com a literatura (Jones, Victor e Vetter, 1984;Valete-Rosalino e Rozenfeld, 2005;Baraldi, Almeida e Borges, 2007;Castro et al, 2008, Nóbrega, Camara e Borges, 2008, Cruz et al, 2009, Gutierrez et al, 2009Sousa e Russo, 2009, Paiva et al, 2011, Cruz et al 2012Crispim e Ferreira, 2015). Isso significa que com o passar da idade, os órgãos auditivos sofrem mais o efeito do envelhecimento.…”