Mulheres que fazem sexo com mulheres: algumas estimativas para o Brasil

Abstract

IntroduçãoNo Brasil, o tema da sexualidade está presente, ainda que de forma periférica, no campo da saúde coletiva e dos estudos de população há pelo menos três décadas nos debates em torno das políticas e dos programas de controle da fecundidade. É nos anos 1980 que se criam as condições históricas, políticas e culturais para a sua constituição como campo temático ligado às questões de saúde reprodutiva das mulheres 1 . Com a emergência da epidemia de AIDS, observa-se uma crescente preocupação com a sexualidade, particularmente questões referentes à homossexualidade masculina. O tema da homossexualidade feminina e sua relação com a saúde mantiveram-se marginais a todo esse processo.Os estudos existentes a esse respeito concentram-se majoritariamente nos Estados Unidos e apontam para a existência de vários fatores associados a diferentes problemas de saú-de, tais como câncer de mama e de colo de úte-ro, menor utilização de serviços de saúde, uso abusivo de álcool, uso de drogas ilícitas, tabagismo e níveis elevados de sofrimento psíqui-co, com estabelecimento de consenso apenas para um número exíguo de questões 2,3 .Remanescem incertezas no campo constituído por uma diversidade de estudos que, algumas vezes, apresentam fragilidades metodológicas, problemas nas definições conceituais

Práticas sexuais e cuidados em saúde de mulheres que fazem sexo com mulheres: 2013-2014*

“…A population survey on Brazilian sexual behavior estimated the population of lesbian and bisexual women to be between 1.7% and 3.0% of sexually active women. 20 However, the conditions of vulnerability to which this population is subject, owing to experiences of stigma and social discrimination, makes accessing these women more difficult. 20 A considerable number of them do not want to divulge their sexual practices and sexual identities, thus imposing obstacles to the use of a probabilistic and random sample.…”

A Life Course Approach to Patterns and Trends in Modern Latin American Sexual Behavior

“…Sexual relations between women have been less studied, though there is presently more research reported in Latin America. 29 Homosexuality/bisexuality frequency is difficult to evaluate, and the results are subordinated to the cultural contexts studied. 25 Besides, reported frequency is associated with the definitions of sex and the words or concepts used to refer to what, in general terms, is currently known as men who have sex with men (MSM).…”

Iniciación sexual en mujeres con prácticas homoeróticas en el eje cafetero colombiano

“…Entre sus consecuencias se encuentra el considerar la sexualidad de las mujeres como un terreno de menor interés, y que sólo llama la atención en su carácter reproductivo (Almeida, 2005;Careaga, 2004). Otra fuente se refiere al poco interés por la salud sexual de las mujeres, en el contexto de la política sexual suscitada por la epidemia del VIH/SIDA que, debido a los porcentajes de mayor prevalencia entre los varones, dejó en un segundo plano la sexualidad de las mujeres (Barbosa & Hara, 2006;Facchini & Barbosa, 2006;Meinerz, 2005;Mercer et al, 2007;Monteiro & Mora, 2010;Moraes & Esteves, 2011).…”

“…Primero, porque entre ellas no se tiene el mismo grado de exclusividad que tienen los varones, es decir, las mujeres con prácticas homoeróticas tienen más compañeros sexuales del sexo opuesto que los varones (Barbosa & Hara, 2006;Facchini & Barbosa, 2006;Mercer et al, 2007;Pinto et al, 2005). En segundo lugar, esto se debe a un retraso en la incorporación de las experiencias lésbicas en sus biografías sexuales (Mercer et al, 2007;Pinto et al, 2005) , , y tercero, es así gracias a la desestimación de los niveles de riesgo que conllevan este tipo de encuentros sexuales (Almeida, 2005;Careaga, 2004;Meinerz, 2005;Moraes, 2011).…”