Resumo: O presente artigo visa analisar a judicialização da saúde com foco nas decisões judiciais concessivas de medicamentos no Estado de Mato Grosso do Sul, haja vista esta apresentar-se como um fenômeno atual de larga abrangência quanto ao número de decisões judiciais, ao montante despendido para o cumprimento de tais decisões e as implicações orçamentárias do setor da saúde. Busca-se questionar se tais decisões, ao deixarem de considerar a escassez de recursos orçamentários, não geram prejuízos à efetividade das políticas públi-cas de saúde, comprometendo os princípios norteadores do SUS. Foi utilizado de pesquisa bibliográfica, bem como de dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Dentre as conclusões apresentadas tem-se que a judicialização da saúde acaba por gerar reflexos que abalam a condução administrativo-financeira do Estado. Palavras-chave: Judicialização. Recursos Orçamentários. Saúde.
Abstract:This article analyses the judicialisation of health with a focus on the judicial decisions licencing medicines in the State of Mato Grosso do Sul, as this is a widespread phenomenon in terms of the number of judicial decisions, the amount spent to comply with such decisions and the budgetary implications to the health sector. It questions whether these decisions, when they fail to consider the scarcity of budgetary resources, generate damage to the effectiveness of public health policies, compromising the guiding principles of SUS (Single Health System). Bibliographical research has been used, as well as data from the Court of Mato Grosso do Sul. Among the conclusions presented is that the judicialisation of health ends up generating responses that undermine the administrative and financial conduct of the State.