INTRODUÇÃO: A divulgação de matérias relacionadas com a área da saúde em cadernos especiais de jornais podem influenciar o comportamento das pessoas e dos profissionais de saúde. OBJETIVOS: Foi realizado um estudo para analisar as características das matérias sobre pesquisa em saúde publicadas nas versões eletrêonicas de dois dos principais jornais brasileiros. MÉTODO: Foram avaliadas retrospectivamente matérias relacionadas com a saúde publicadas nas versões eletrônicas das seções Ciência e Saúde -do jornal Folha de S. Paulo -e Vida & Saúde -do jornal O Estado de S. Paulo, por um período de três meses (de 1º julho a 30 de setembro de 2009). Apenas aquelas que citaram pesquisas na área da saúde foram incluídas. Utilizou-se como método a análise de conteúdo e as matérias foram categorizados de acordo com o assunto, manchete/título, nacionalidade da pesquisa e autoria. Analisamos também a presença de contextualização dos resultados da pesquisa com evidências anteriores, contextualização nacional, citações de periódicos médicos e referências a produtos ou empresas. RESULTADOS: Matérias sobre pesquisas em saúde corresponderam a 57 % e 20 % dos textos que divulgaram o tema saúde publicados pela Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, respectivamente. A Folha de S. Paulo publicou significativamente mais matérias sobre estudos nacionais e a maioria dos textos foram escritos por jornalistas contratados da empresa. Em contraste, o jornal O Estado de S. Paulo publicou com maior frequência matérias escritas por agências de notícias. A Folha de S. Paulo também contextualizou o conteúdo de seus textos para a sociedade brasileira. O Estado de S. Paulo citou o nome do periódico em que o estudo foi publicado com mais frequência, mas em seus textos faltou contextualização nacional. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram uma diferença significativa na divulgação de matérias sobre pesquisas na área da saúde ao comparar os dois jornais. A Folha de S. Paulo escreveu suas próprias matérias e mais frequentemente publicou os resultados de pesquisas nacionais, enquanto O Estado de S. Paulo publicou textos que se originaram em agências de notícias, a maioria dos quais teve pouca contextualização nacional. PALAVRAS-CHAVE: