Demografia de um povo indígena da Amazônia brasileira: os sateré-mawé

Abstract

IntroduçãoNo Brasil, os estudos demográficos da população indígena, neste início do século XXI, têm apresentado crescimento em termos de quantidade e qualidade sem precedentes na história da pesquisa científi-ca sobre os povos indígenas. Embora ainda de forma tímida, a crescente diversidade das fontes de informação e sua melhora qualitativa têm contribuído sobremaneira para o enriquecimento das pesquisas e dos debates em torno da questão indígena.Para o conjunto do país, a principal fonte de dados sociodemográficos espacialmente abrangentes sobre a população indígena é o censo demográfico, mais especificamente aqueles realizados em 1991 e 2000. Embora criticadas por especialistas, especialmente devido ao caráter de autodeclaração da

As práticas de autocuidado e o cuidado familiar dos índios Mura de Autazes, Amazonas

“…Essa doença tem como prevalência na população adulta brasileira de 22,3% a 43,9% (35,8% nos homens e 30% nas mulheres), sendo mais de 50% com pessoas na idade de 60 a 69 anos e 75% acima dos 70 anos (SBC, 2010). Os resultados da Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doença Crônica por Inquérito Telefônico (VIGITEL) das 27 capitais brasileiras para a população adulta, mostrou a frequência de diagnóstico médio prévio de HAS de 24,1% no ano de 2013, e 2014 contava 22,8% (BRASIL, 2014a(BRASIL, , 2015. O estudo realizado por Tavares e colaboradores (2015) cita que a prevalência de diagnóstico referido de HAS é de 21,4%, segundo a Política Nacional de Saúde do ano de 2013.…”

“…A Hipercolesterolemia aparece em segundo das frequências para as DCNTs, com 36,4%. A prevalência na população brasileira para adultos com idade igual ou Discussão 170 Deyvylan Araujo Reis acima de 18 anos dos diagnósticos médicos prévio foi de 21,3% (BRASIL, 2015). Essa doença é o principal fator de risco para as doenças coronarianas, principalmente o infarto agudo do miocárdio e sua etiologia está intimamente ligada aos hábitos alimentares e de vida.…”

“…A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada no ano de 2013 no Brasil, evidenciou o resultado para DCNT como a DM de 6,2% nos diagnósticos médicos referidos em uma população adulta com idade igual e acima dos 18 anos (IBGE, 2014b). Enquanto que no estudo de inquérito telefônico realizado pelo VIGITEL, estimou-se a frequência em 7,1% na população adulta das 27 cidades avaliadas (BRASIL, 2015). Na população indígena, especialmente num grupo étnico específico, identificou-se a prevalência de 28,2% nos índios Xavantes do Estado do Mato Grosso, em que a causa da alta prevalência está diretamente relacionada às mudanças nos hábitos de vida desta população (DAL FABBRO et al, 2014).…”

“…conforme a idade e a escolaridade acima de 12 anos de estudo para ambos os sexos (BRASIL, 2015). Os dados apresentados nessa pesquisa epidemiológica, com população não indígena, vêm confirmar os achados desta investigação.…”

“…Cabe mencionar que alguns grupos étnicos têm O estudo de inquérito telefônico, com amostra da população brasileira nas 27 capitais avaliadas, mostrou que 16,0% da população de adultos não pratica qualquer atividade física no tempo livre, ou seja, são fisicamente inativos. Desses, as pessoas com menor nível de escolaridade são de até oito anos de estudo e a idade superior é a de 65 anos para ambos os sexos, que foram os que apresentaram maior percentual para inatividade física (BRASIL, 2015). Esses dados confirmam os achados dessa pesquisa, na qual os participantes que relataram não realizarem nenhum exercício físico ou prática de esporte são, na sua maioria, indivíduos com nível de escolaridade baixa e com idade superior a 55 anos.…”