Este artigo tem por objetivo analisar os movimentos migratórios ocorridos em Santo Augusto, um pequeno município do noroeste do estado Rio Grande do Sul/Brasil, desde sua emancipação política, na década de 1950, até o ano de 2017, investigando sua constituição, colonização, povoamento, dinâmica populacional e economia interna. O fenômeno migratório é contemporâneo nos estudos do campo sociológico, histórico e do desenvolvimento; sua origem é tanto econômica quanto social, e provoca mudanças na estrutura das cidades e do campo, bem como aumento/redução do lugar onde se vive. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva desenvolvida pela estratégia estudo de caso. O processo de coleta de dados é caracterizado como uma pesquisa documental e entrevista, com abordagem qualitativa de dados. O estudo mostra que, desde sua existência, o município sempre apresentou oscilações em seu número de habitantes; que o poder público, assim como os órgãos ligados à agricultura, tenta conter o êxodo, por meio de ações que visem ao fortalecimento econômico local; e, ainda, que apesar de muitos não verem perspectiva de mudança, a maioria dos moradores torce e prefere acreditar que fatos novos surgirão, para que o município alcance o desenvolvimento desejado.