2006
DOI: 10.1590/s0102-01882006000200004
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As muitas faces do compadrio de escravos: o caso da Freguesia de São José dos Pinhais (PR), na passagem do século XVIII para o XIX

Abstract: O cruzamento de registros paroquiais (batismo, casamento e óbito) com censos domiciliares e com a genealogia de uma família senhorial permite aprofundar discussões tradicionais na historiografia, acerca das alianças de parentesco ritual efetuadas por escravos. Este artigo sugere que as relações de compadrio dos cativos de São José dos Pinhais (PR) eram mecanismo de manutenção e de ampliação de uma comunidade de negros e pardos, e mesmo de brancos pobres. No entanto, o predomínio de pequenos proprietários de es… Show more

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“…Cacilda Machado identificou que, na freguesia de São José dos Pinhais (PR), no final do século XVIII e início do XIX, escravos se valiam do parentesco espiritual tanto para obter/garantir amparo para si e para seus filhos, ao se ligarem a membros das elites, como também se tornavam compadres de outros escravos e livres pobres para reforçar laços de amizade e aliança com pessoas da comunidade da qual faziam parte. Além disso, a autora localizou indícios da existência de laços sociais e afetivos entre membros das elites e escravos (MACHADO, 2006).…”
Section: Os Batismosunclassified
“…Cacilda Machado identificou que, na freguesia de São José dos Pinhais (PR), no final do século XVIII e início do XIX, escravos se valiam do parentesco espiritual tanto para obter/garantir amparo para si e para seus filhos, ao se ligarem a membros das elites, como também se tornavam compadres de outros escravos e livres pobres para reforçar laços de amizade e aliança com pessoas da comunidade da qual faziam parte. Além disso, a autora localizou indícios da existência de laços sociais e afetivos entre membros das elites e escravos (MACHADO, 2006).…”
Section: Os Batismosunclassified
“…Antes, vejamos que são inúmeros estudos sobre as relações de compadrio estabelecidas por escravizados, análises que indicam padrões variantes diversos a partir de amostragens diversas (Neves, 1990;Falci, 1995;Rios, 2000;Venâncio, 2003;Machado, 2006;Cruz, 2006). A maior parte assinala que tais laços se vinculavam às questões políticas e econômicas, interpretados na lógica do próprio regime escravocrata e seus mecanismos de dominação (Souza, 1981;Arantes, 1982).…”
Section: O Casalunclassified