Este artigo traz o tema da construção da representação social estereotipada do sertão e do sertanejo a partir da exploração da imagem do cangaço. Partindo da teoria das representações sociais de Serge Moscovici e das análises de Duval Albuquerque sobre a invenção do Nordeste, analisamos as formas e as temáticas a partir das quais a imprensa ilustrada e mesmo o cinema, dos anos de 1950, exploraram a representação do cangaço para imprimir ao sertão e ao sertanejo a imagem de selvageria, invisibilizando a cultura sertaneja e suas verdadeiras tensões sociais, reduzindo o sertanejo a um personagem estereotipado.