Desenvolvimento e comportamento larval de Leucochrysa (Leucochrysa) varia (Schneider) (Neuroptera, Chrysopidae) em laboratório

Abstract

Estudos em laboratório com Leucochrysa (Leucochrysa) varia (Schneider, 1851), predador comum nas florestas Amazônica e Atlântica do Brasil, revelaram algumas características atípicas para crisopídeos de regiões tropicais: 1) seu ciclo de vida (ovo à emergência do adulto) é relativamente longo, entre 48 (24ºC) e 80 dias (18ºC); 2) temperaturas acima de 27ºC não são apropriadas para seu desenvolvimento, já que nenhum espécime atingiu o estágio adulto a 27 e 30ºC e só se observou relação linear entre taxa de desenvolvimento e temperatura, para todos os estágios, entre 18 e 24ºC; 3) os limiares térmicos inferiores, entre 7 e 10ºC, dependendo do estágio, são relativamente baixos; 4) apesar das larvas de L.varia serem carregadoras de lixo, elas despendem pouco de seu tempo (20% ou menos) carregando detritos para seu dorso, proporção esta que aparentemente não interfere no seu tempo de desenvolvimento. Estes resultados sugerem que as larvas de L.varia provavelmente exploram micro-hábitats na floresta com temperaturas bem abaixo daquelas observadas fora dela e a grande parte do tempo que elas permanecem sem se mexer sugere que a imobilidade é uma importante estratégia de defesa, juntamente com a camuflagem.

An Unusual Chrysopid Larva: Identification, Description, and Taxonomic Implications

“…On the basis of Þeld and laboratory observations, as well as morphological features, leucochrysine larvae have been classiÞed as trash-carriers (as opposed to naked larvae) (Jones 1929;Adams 1987;Tauber 2004;Mantoanelli et al 2006Mantoanelli et al , 2011Mantoanelli and Albuquerque 2007;Tauber et al 2008aTauber et al ,b, 2011Tauber et al , 2013. In addition, the trash packets of most leucochrysines that we and others have observed are highly consolidated, not easily dislodged, and, in some cases, interwoven with silk threads (Slocum and Lawrey 1976).…”

Compatibility between the predators Cryptolaemus montrouzieri (Coleoptera: Coccinellidae) and Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) in the control of Planococcus citri (Hemiptera: Pseudococcidae) associated with rose crop

“…The time spent cleaning the mouthparts by the larvae of C. externa was lower than that observed for C. montrouzieri, suggesting that the waxy covering of the mealybug is less uncomfortable for the lacewing, at least at the beginning of feeding. Mantoanelli and Albuquerque (2007) found that third instar larvae of Leucochrysa (Leucochrysa) varia (Schneider, 1851) (Neuroptera: Chrysopidae) require less time cleaning mouthparts and more time feeding on Ephestia kuehniella Zeller, 1879 (Lepidoptera: Pyralidae) eggs, in comparison to the mobility, immobility and camouflage categories, during 45 minutes of laboratory observation.…”