social movements in rural areas, MST, social psychology, Critical Theories, Theodor Wiesengrund Adorno. simbólico, o próprio pensamento é experiência; pensamento entendido como pensamento pleno, não restringido, que não anula o objeto, mas é uma relação entre este e o sujeito (BENJAMIN, 1983). Nesse sentido, a experiência (Erfahrung) é entendida por Adorno como um processo dialético entre sujeito e realidade, socialmente mediada, baseada na tradição compartilhada, na transmissibilidade e na comunidade, e que tem como características ser uma relação refletida e preenchida com o vivido, ser uma possibilidade de percepção plena, cheia de sentido e que exige uma reflexão e uma imaginação ativa (ADORNO, 1992; BENJAMIN, 1983, 1987). A experiência pressupõe comunicabilidade e compartilhamento entre os homens, isto é, o conteúdo produzido pela experiência pode ser compartilhado e compreendido por um grupo de indivíduos, fazendo sentido para estes. Já a vivência (Erlebnis) é algo imediato, momentâneo, anterior às elaborações mentais que podem ser feitas quando se tem uma experiência (AMATUZZI, 2007). Erlebnis se refere a algo da ordem do privado, do individual, e como tal, não é compartilhável nem comunicável, não servindo para aproximar os homens, nem para significar suas ações. Na vivência, não há absorção do conteúdo, com uma real modificação do indivíduo, mas apenas o "choque", a sensação é fragmentária, cada percepção é alheia às outras, desarticulada uma da outra, meramente subjetiva que se esgota em si mesmo, que não é realmente percebida, elaborada e integrada. Além disso, a vivência é eminentemente solitária, em comparação com a experiência que, como já vimos, pressupõe um compartilhamento de significados, uma história e uma identidade coletiva (ADORNO,