Os primeiros curadores da humanidade: abordagens psicológicas e psiquiátricas sobre os xamãs e o xamanismo

Abstract

Background: the author describes shamans as practitioners who deliberately shift their phenomenological pattern of attention, perception, cognition, and awareness in order to obtain information not ordinarily available to members of the social group that granted them privileged status. Objectives: to describe how these phenomenological shifts were accomplished and used. Methods: archival studies of shamanic literature as well as field research in communities where shamans are actively functioning. Results: the source of shaman-derived information is attributed to such discarnate entities and forces as spirits, ancestors, animal guides, and energetic fields. These agencies were contacted through ritualized drumming, dancing, lucid dreaming, the use of psychotropic plants, focused attention, and other technologies. This study was important because it determined that shamans utilize the obtained information to attend to their community's social, psychological, and medical needs. Conclusions: the ubiquitous appearance of shamans, especially in hunting and gathering tribes, indicates that their presence in a social group served adaptive functions. Further, these data can make important contributions to cognitive neuroscience, social psychology, psychotherapy, and ecological psychology.

Opressão da crença popular sobre possessão demoníaca e a visão médico-higienista do século XIX.

“…Pode ser que a sensação de poder se comunicar com o sobrenatural, de ser escolhido como porta-voz dos espíritos, de ter sensibilidade especial (diferente dos outros), de poder curar, de poder prever ou influir no futuro, nos faça sentir especiais, sobre-humanos. 10 A possessão existe em todas as culturas religiosas, cada qual com sua particularidade. Entre os pentecostais tradicionais é atribuído o fenômeno do mal.…”

Psicologia analítica e a interpretação dos personagens dos sonhos lúcidos

“…Apesar desse crescente interesse popular e científico em torno do tema, há um relativo desconhecimento a respeito dele no universo acadêmico da psicologia brasileira. Uma pesquisa conduzida no banco de dados online da SciELO em busca de artigos de psicologia que abordassem a lucidez onírica apresentou como resultado uma breve menção do tópico em questão num artigo do psiquiatra americano Stanley Krippner (2007) abordando práticas xamanistas, e no artigo "Estado da consciência onírica" da psicóloga Therezinha Moreira Leite (1997). No sistema de busca do Google Acadêmico só foram achados três artigos de um mesmo autor tratando especificamente sobre sonhos lúcidos (MUNIZ, 2001(MUNIZ, , 2005a(MUNIZ, , 2005b.…”

A religião cura?

“…Nesses casos, o seu tratamento passou a ser realizado pela religião através de rituais e de indivíduos com poderes especiais para isso. O xamanismo é uma das práticas mais antigas que compreende esse processo, conforme relata Krippner (2007). Para estes povos antigos, Deus ou os Deuses eram os responsáveis diretos pelas mortes, pelas pestes, catástrofes e males que assolavam o indivíduo e a comunidade.…”